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Inovações em Educação

5 formas de cultivar a felicidade nas escolas

Especialista norte-americana detalha estratégias simples e práticas que podem ser seguidas por professores brasileiros

por Davi Lira ilustração relógio 6 de janeiro de 2014

Tratar de um tema tão subjetivo como a felicidade não é nada fácil. Pela própria diversidade que tal sentimento representa na vida de qualquer indivíduo, discuti-lo exige, ao menos, certa dose de tolerância. No ambiente pedagógico, mesmo sem a inclusão da “felicidade” na grade curricular das escolas, o assunto vem sendo cada vez mais colocado pela sociedade por organizações sociais. No Porvir, já falamos de pesquisas como a do Instituto Akatu e de instituições de ensino como a Escola Caminho do Meio, que ao basear-se no budismo, coloca o sentimento como base de suas práticas. Além disso, com a discussão atual da importância do desenvolvimento de habilidades socioemocionais, como a empatia e a solidariedade, dentro das práticas pedagógicas, o tema também vem ganhando cada vez mais destaque.

Ciente de tamanha importância, Elena Aguilar, especialista norte-americana em educação, resolveu detalhar algumas dicas “simples e práticas” que podem estimular professores a cultivarem a felicidade nas escolas. Em depoimento ao portal Edutopia, Aguilar, que tem experiência como docente em escolas da Califórnia, detalha alguns pontos sobre o assunto. Confira a compilação que o Porvir fez sobre as principais ideias da especialista: são sugestões de colocar mais música nas salas de aulas até de estimular a prática da meditação entre os membros da comunidade escolar.

1. A ordem é desacelerar

Há uma correlação direta entre os níveis de satisfação física e psicológica e o ritmo em que as pessoas vivem suas respectivas vidas. Assim, quando os indivíduos desaceleram um pouco a velocidade em que executam as atividades rotineiras, eles conseguem desenvolvê-las de forma mais cuidadosa. No universo escolar não é diferente. Dessa forma, tanto alunos como professores podem se beneficiar desse “abrandamento” para que dessa maneira ambos possam melhor lidar com suas relações interpessoais, com seus objetivos de vida e também nos processos de aprendizagem.

Na prática, os docentes, por exemplo, podem estimular esse ambiente menos acelerado do mundo contemporâneo propondo atividades que estimulem uma maior integração com e entre os alunos, além de sugerir momentos de relaxamento e descontração. Para tanto, o professor pode dedicar um tempo extra para uma conversa aberta entre os estudantes durante parte da aula ou propor um jogo lúdico para os alunos que recém ingressam às salas depois do recreio.

2. Vá lá para fora
Estar do lado de fora da sala durante a aula, mesmo que por apenas alguns minutos, pode aumentar o estado de bem-estar dos alunos. As pessoas quando respiram ar puro e entram em contato com o calor do sol, o cheiro do vento, a umidade da chuva acabam se conectando mais com o mundo natural.

Se o clima estiver agradável, por que não propor uma aula ao ar livre? Caso contrário, se o ambiente externo estiver muito frio ou quente, é possível que uma caminhada rápida e silenciosa pelo pátio da escola, por exemplo, possa estimular momentos de satisfação.

Atividades extraclasse e excursões também são válidas. Nessas situações, torna-se mais fácil conversar, aproximar-se dos alunos e aprender mais com eles durante essas saídas.

3. Aperta o play
O efeito da música pode ter o poder de fazer as pessoas (incluindo os alunos) de se sentirem mais felizes. Isso porque, o efeito do relaxamento produzido pela audição de uma canção, por exemplo, pode estimular o melhor funcionamento da pressão arterial, diminuindo assim a ansiedade e tendo repercussões até no sistema imunológico dos indivíduos. Sendo assim, deixar uma música sendo tocada enquanto os alunos chegam à sala logo no início das aulas pode ser uma alternativa para que o professor consiga criar um atmosfera acolhedora e positiva entre o grupo.

4. Sorria mais
Mesmo que você não seja uma pessoa sorridente , tente sorrir com mais frequência. “Caso encontre dificuldades em produzir um sorriso mais genuíno, tente, ao menos, fingir um sorriso mais autêntico”, sugere Aguilar. Segundo ela, até o mais “fake” dos sorrisos tem o poder de inspirar um melhor estado de espírito no ambiente em que ele é produzido.

5. Tá na hora de meditar
De acordo com Aguilar, já há uma “abundância de evidências” sobre como a meditação pode estimular sentimentos de calma e bem-estar entre os praticantes. As escolas podem buscar incorporar a meditação dentro do ambiente educacional. “A ideia é propor que tal prática possa ser incorporada na rotina de professores e estudantes. Tudo isso para estimular ainda mais a criação de um ambiente mais tranquilo propício à aprendizagem e ao bem-estar na rotina diária dos praticantes.”


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educação integral, meditação, socioemocionais

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