Caçada ao QR Code estimula leitura de poesia - PORVIR
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Diário de Inovações

Caçada ao QR Code estimula leitura de poesia

Em Picos (PI), professoras espalham códigos pela escola para os alunos analisarem gêneros textuais com ajuda do celular

por Andréia Vitorino Marcos ilustração relógio 6 de maio de 2015

Os alunos têm fácil acesso aos celulares e devemos aproveitar o potencial da tecnologia para mediação de ensino e aprendizagem. Na última quinta-feira, as aulas do laboratório de informática foram integradas à disciplina de português, da professora Irlane Veloso. Desenvolvemos uma atividade com os alunos de sexto e sétimo anos que tinha o objetivo de analisar gêneros textuais, incentivando a leitura e a descoberta a partir de códigos espalhados pela escola.

Selecionamos trechos de um poema para que os alunos juntassem os pedaços e analisassem qual seria o seu gênero textual. Cada estrofe ganhou um QR Code [código de barras 2D que pode ser escaneado pela câmera fotográfica de um aparelho celular] impresso em cartazes que deveria ser encontrado pelos estudantes em uma espécie de caça ao tesouro.

Diário de InovaçõesTamas Zsebok/Fotolia

 

Dividimos os alunos em quatro grupos e pedimos para eles baixarem um aplicativo com leitor de QR Code em seus celulares. Ao encontrar o código e posicionar a câmera sobre a imagem, eles eram direcionados a uma página com trechos dos poemas e dicas sobre onde encontrar a próxima estrofe.

Os alunos ficaram eufóricos. Enquanto decodificavam os trechos, os grupos se reuniam para ler e encontrar a próxima pista. Além disso, tinham que responder algumas perguntas sobre a estrofe lida. Assim que conseguiam completar o poema, os alunos tinham a chance de fazer a análise da estrutura do gênero textual.

O projeto foi finalizado com a filmagem de um dos integrantes da equipe lendo o texto para o restante da classe. Depois, a turma foi para o laboratório de informática e publicou o vídeo nas redes sociais, junto com as respostas para cada pergunta que estava nos códigos.

Achei interessante o trabalho em equipe para leitura e identificação do gênero textual e fiquei encantada com o projeto porque percebemos um real incentivo à leitura, interpretação de texto e codificação. A aula foi excelente!

Modelo de dicas que foram espalhadas pela escola: 

Início – Você está à procura de um gênero textual. Para encontrá-lo, deverá seguir as pistas. Seu primeiro código está em um dos bancos da praça.

1º código – O título do seu texto é Soneto do Amigo – Vinicius de Moraes. Agora busque o seu segundo código na página 12 do livro “Harry Potter e a Câmara Secreta”, de J. K. Rowling, na biblioteca, e descubra mais uma parte do seu texto. 

2º código – “Enfim, depois de tanto erro passado/Tantas retaliações, tanto perigo/ Eis que ressurge noutro o velho amigo/Nunca perdido, sempre reencontrado.” – Copie o primeiro estrofe e informe a qual gênero pertence, e como chegou a essa conclusão. Passando essa etapa, siga até o bebedouro próximo à sala de informática para encontrar seu novo código.

3º código – Esta é mais uma parte do seu texto “É bom sentá-lo novamente ao lado/Com olhos que contêm o olhar antigo/Sempre comigo um pouco atribulado/E como sempre singular comigo”. Faça sua interpretação. Após responder, siga em direção ao palco da área coberta e encontre sua próxima pista.

4º código – “Um bicho igual a mim, simples e humano/Sabendo se mover e comover/E a disfarçar com o meu próprio engano./O amigo: um ser que a vida não explica/Que só se vai ao ver outro nascer/E o espelho de minha alma multiplica…” Esta é a última parte do seu texto: informe por quantos versos e estrofes ele é formado. Em seguida, peça para alguém da sua equipe recitar o poema encontrado, grave a atividade e dirija-se à sala de informática para digitar o seu texto e postar juntamente com o vídeo a atividade na rede social do IMH (Instituto Monsenhor Hipólito) e no blog de Língua Portuguesa. Parabéns!


Andréia Vitorino Marcos

Graduada em licenciatura plena em pedagogia (UESPI). Pós-graduanda em gestão da educação em rede (CEAD-UFPI) e metodologia do ensino na educação superior (FACINTER). É tutora a distância do curso de pedagogia da UAPI e coordenadora de informática na escola Instituto Monsenhor Hipólito, em Picos (PI). Coordena projetos educacionais interagindo com recursos tecnológicos.

TAGS

brincadeiras, dispositivos móveis, educomunicação, tecnologia

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