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Educação integral é debatida em São Paulo

por Redação na Rua ilustração relógio 30 de agosto de 2013

Envolvimento da comunidade, orçamento público, reorganização da escola. Esses e outros temas foram debatidos nesta quinta-feira (29/8), em São Paulo, em mais uma edição da Série de Diálogos – O Futuro se Aprende, do Instituto Inspirare/Porvir em parceria com o Instituto Natura. Reunindo cerca de 60 pessoas – entre gestores, diretores de escola e educadores –, o evento celebrou o lançamento do Centro de Referências em Educação Integral, uma plataforma com informações que visam apoiar o desenvolvimento e a implementação de programas ligados à educação integral.

“A educação integral é uma saída contemporânea.  É a articulação da escola com o seu território”                        Maria do Pilar Lacerda

Na parte da manhã, o público pode conhecer quatro experiências de educação integral que vêm sendo desenvolvidas em São Paulo e no Rio de Janeiro. Bárbara Portilho falou sobre o papel dos gestores e coordenadores pedagógicos a partir do Ginásio Experimental Carioca (GEC) Rivadavia Corrêa. Em sua fala, ela ressaltou a importância de a comunidade escolar se dedicar a ajudar os alunos a desenvolverem seu projeto de vida. Ana Elisa Siqueira narrou a trajetória de dez anos da Escola Municipal de Ensino Fundamental Amorim Lima, destacando o papel das mães que começaram a estreitar os laços entre escola e comunidade; Rosângela Alves, coordenadora do projeto piloto “Orientador Familiar” discutiu a importância das famílias na educação dos filhos; e Braz Nogueira, do Bairro Educador de Heliópolis, ressaltou a necessidade de processos de aprendizagem integrados à comunidade, narrando o que fez para derrubar as paredes da escola – as físicas e as que chama de invisíveis: as que separavam escola de comunidade, professor de aluno, homens de mulheres, gays e heterossexuais.

Evento de lançamento do Centro de Referências discute educação integralcrédito Porvir

Rosângela Alves, coordenadora do projeto Orientador Familiar

 

“Quando implantamos o Bairro-escola em Nova Iguaçu, apostamos na intersetorialidade, no estímulo ao conflito e na flexibilidade”   Maria Antônia Goulart

Na parte da tarde, Ana Emília Gonçalves de Castro, da UFPE (Universidade Federal de Pernambuco), apresentou os resultados do “Múltiplos Saberes”, o primeiro curso de extensão voltado para a formação de agentes que trabalham com educação integral. A secretária de educação de São Bernardo (SP) e presidenta da Undime (União Nacional de Dirigentes Municipais de Educação), Cleuza Repulho, descreveu a criação e implementação do programa Tempo de Escola em sua cidade. Maria do Pilar Lacerda, da Fundação SM, ressaltou a necessidade de ampliação dos investimentos em educação. E Maria Antônia Goulart, da Flacso, elencou as dificuldades encontradas na articulação intersetorial realizada em Nova Iguaçu (RJ) quando esteve à frente do projeto de educação integral do município.

Após as palestras, os participantes foram convidados a participar de rodadas de discussões sobre os temas trazidos pelos palestrantes. Os debates serão transformados em recomendações, que serão disponibilizadas pelo Porvir e pelo Centro de Referências, plataforma lançada ontem.

Participantes discutem dimensões da educação integralcrédito Porvir

Os materiais divulgados no site têm como objetivo estruturar e qualificar as atividades de gestores e educadores engajados em transformar o processo de ensino-aprendizagem em suas escolas. O próximo passo da ferramenta é oferecer formações presenciais e a distância.

Parceiros

O Centro de Referências é uma iniciativa de organizações governamentais e não governamentais de diversas regiões brasileiras. Entre elas está o Ministério da Educação, representado pela Secretaria de Educação Básica e a Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade.

A gestão operacional é realizada pela Associação Cidade Escola Aprendiz e tem como parceiros envolvidos e propositores de sua estrutura e gestão, Institutos como o Inspirare e o Natura e a Fundação Itaú Social, que também atuam como financiadores, e a Unesco (Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura), a Flacso (Fundação SM, a Faculdade Latino-Americana de Ciências Sociais), o Cenpec, o Cieds (Centro Integrados de Estudos e Programas de Desenvolvimento Sustentável) e o escritório Cenários Pedagógicos.


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educação integral, infraestrutura, série de diálogos

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