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Crédito: Arquivo Pessoal

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Imprensa Jovem desenvolve criatividade e senso crítico dos estudantes

por Redação ilustração relógio 12 de setembro de 2019

Por meio da produção jornalística multimídia, o projeto “Imprensa Jovem – Agências de Notícias na Escola” estimula a participação e amplia os canais de comunicação da escola com a sua comunidade. Os estudantes desenvolvem, de maneira autônoma e colaborativa, habilidades críticas e criativas a partir de produção de pautas, pesquisas e coberturas que são compartilhadas por meio de blogs, rádios virtuais, canais no YouTube e páginas no Facebook, entre outras mídias sociais. O fellow Carlos Alberto Mendes de Lima, de São Paulo (SP), detalha a experiência:

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“O Imprensa Jovem vive se metendo onde é chamado. Estabelecido como um programa educacional da Rede Municipal de Ensino de São Paulo, ele está conectado às propostas que promovem a participação dos estudantes nas escolas. Afinal de contas, estudantes têm voz e quando eles são chamados, podem contribuir e muito com suas percepções e ideias.

Criar uma Agência de Notícias Imprensa Jovem tem possibilitado às escolas interagir com sua comunidade, com os estudantes e com a cidade. Uso a definição do aluno repórter André, do 4º ano da EMEF Tarsila do Amaral, para o entender este movimento estudantil de diálogo social com e pelas mídias no território da escola: ‘O Imprensa Jovem é um espaço de expressão. Somos uma rede e estamos em sintonia. Tudo o que acontece vira notícia. Contamos os fatos e acontecimentos pelos nossos pontos de vistas. Registramos, editamos, publicamos e compartilhamos. Somos alunos e alunas que produzem notícias’.

Crédito: Arquivo Pessoal

Atualmente, o Imprensa Jovem está presente em 411 escolas. As agências notícias estão espalhadas em toda parte. No formato Imprensinha Mirim, as crianças também brincam de produzir mídia e ao mesmo tempo expressam opiniões, experimentam vivências, desenvolvem a comunicação, usam tecnologias, dialogam com os adultos, assumem a responsabilidade de se organizar e se respeitar. Elas aprendem desde cedo a colaborarem entre si.

Já com os adolescentes o papo é assim: a pauta é delas e deles. E toda bagagem que eles trazem se encaixam para realização de entrevistas, coberturas jornalísticas, criação de conteúdos e difusão de suas produções. Eles exercem autonomia com colaboração e protagonismo com a marca do diálogo de Paulo Freire, sem deixar de fora a sua preparação para ler e refletir a mídia.

A comunicação é um direito humano. Por isso, ao longo dos quase 15 anos nos constituímos como uma tecnologia social de empoderamento do estudante pela e com a comunicação livre, responsável, reflexiva, expressiva, comunitária e democrática. Estes aspectos estão lá na portaria do Programa Imprensa Jovem.

Novas Experiências com Desafio Aprendizagem Criativa
Presente há quase 15 anos nas escolas municipais, o projeto foi reconhecido pelo Desafio Aprendizagem Criativa. Após a experiência de intercâmbio promovido pelo Media Lab MIT, o programa teve um saldo de crescimento de 250 para 411 escolas.

Crédito: Arquivo Pessoal

A visibilidade da proposta no país ampliou o intercâmbio com outras cidades brasileiras, como Lauro de Freitas, na Bahia, Jaciara, no Mato Grosso, Curitiba e Paranaguá, no Paraná, Florianópolis, em Santa Catarina. A convite da UNESCO, o Programa Imprensa Jovem também será apresentado na Conferência Mundial Global Media and Information Literacy Week 2019 – MIL Futures: Innovation, AI, Good Practices, Challenges, The Next Step, Where Are We Heading?, entre os dias 23 e 27 de setembro de 2019 na cidade de Gotemburgo, na Suécia.

O intercâmbio com Media Lab MIT também ampliou nosso olhar sobre como podemos aperfeiçoar as práticas pedagógicas do nosso projeto. Das várias experiências que vivenciamos, participar como ouvinte de uma aula na Escola Kennedy trouxe inspirações para conectar o Imprensa Jovem às aulas.

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Essa vivência de uma semana nos Estados Unidos nos mostrou o quanto as ideias dos estudantes podem promover uma educação significativa. O papel do estudante é gerar
conhecimentos, e não apenas se apropriar ou preencher sua mente com informações e conceitos.

Percebemos que o Imprensa Jovem pode ser desenvolvido na sala aula integrados às atividades curriculares. Cada vez mais estamos articulando a aprendizagem criativa nas formações educomunicativas promovidos pelo Núcleo Técnico de Currículo em Educomunicação.”

* A Rede Brasileira de Aprendizagem Criativa é apoiadora do Porvir


TAGS

aprendizagem criativa, competências para o século 21, educomunicação, tecnologia

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