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Plano de aula gratuito ensina estudantes a checar informações

Agência Pública traduz material produzido pelo Instituto Poynter para celebrar o Dia Internacional do Fact-Checking

por Mauricio Moraes, da Agência Pública ilustração relógio 31 de março de 2017

Reconhecer infomações falsas e evitar compartilhá-las pode ser muito difícil, ainda mais em meio ao excesso de conteúdo que circula pela internet. Para ajudar estudantes de ensino médio a desenvolverem essa habilidade, o Instituto Poynter – entidade norte-americana sem fins lucrativos que promove o ensino do jornalismo – desenvolveu um plano de aula que explica princípios da verificação de fatos. O guia faz parte das celebrações do Dia Internacional do Fact-Checking, comemorado em 2 de abril, e está disponível em 11 idiomas. A versão em português foi produzida pela Agência Pública, que mantém o projeto de fact-checking Truco.

As atividades do plano – que pode ser baixado gratuitamente no site do Dia Internacional do Fact-Checking – têm uma duração estimada de 75 minutos, o que permitiria encaixá-lo em uma aula dupla. Um folheto de quatro páginas é entregue aos alunos, e o professor pede a todos que se posicionem sobre o que acham do voto obrigatório ou do voto facultativo.

Em seguida, os estudantes têm acesso a três reportagens que tratam do tema. Uma delas é um texto equilibrado, com fatos e fontes indicados. As outras duas não apresentam quaisquer fontes e trazem afirmações radicalmente opostas sobre o tema. A ideia por trás do exercício é mostrar aos estudantes como suas opiniões pessoais podem evitar que escolham uma reportagem baseada em fatos.

Também faz parte do plano de aulas uma animação de 2 minutos, que explora as diferenças entre fatos e opiniões, notícias e boatos. O material produzido pelo Poynter ensina ainda como explicar as adolescentes as diferenças entre o que é uma opinião e um fato. Há um exemplo de como descobrir se uma notícia é falsa, usando pesquisa de imagem reversa para desvendar a afirmação de que a radiação do acidente nuclear de Fukushima, no Japão, teria chegado à costa oeste dos Estados Unidos.

Não faltam dicas de ferramentas que podem ser úteis para desvendar boatos e correntes que circulam pela rede. Títulos em caixa alta, sites que não incluem uma seção descrevendo quem são os responsáveis ou os autores e a ausência de informações detalhadas sobre os proprietários do endereço estão entre alguns dos indícios que podem servir para detectar textos falsos. Professores que quiserem instrumentos adicionais para ensinar aos seus estudantes têm no guia indicações de artigos complementares, em inglês.

A última atividade prevista é a criação de posts, vídeos, GIFs, desenhos e memes nas redes sociais pelos próprios alunos, que poderão espalhar dicas de como descobrir notícias falsas na internet. Com isso, o conhecimento adquirido por eles passará a circular entre jovens que ainda não tiveram acesso ao plano de aula. E ficará mais fácil deter boatos e rumores que inundam as timelines de todos.

No Porvir: Como a sala de aula pode enfrentar a onda de notícias falsas


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educomunicação, ensino médio

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