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Estudar mais aumenta expectativa de vida

Pesquisadores suecos comprovam que pessoas com nove anos de escolaridade vivem mais e melhor

por Redação ilustração relógio 15 de maio de 2012

Uma boa dica para quem quer viver mais: estudar. Exatamente, se você estudar por pelo menos nove anos, terá melhores chances de viver mais e com mais qualidade depois dos 40 anos. Isso é o que dizem os pesquisadores suecos do Centro de Estudos de Equidade na Saúde (Centre of Health Equity Studies, em tradução livre) e do Instituto Sueco de Pesquisa Social (Swedish Institute for Social Research), da Universidade de Estolcomo.

Os pesquisadores analisaram dados de 1,2 milhão de suecos e descobriram um link entre educação e expectativa de vida. Segundo eles, quem tem oportunidade de estudar mais tempo, pelo menos durante nove anos, tende a ser mais positivo sobre a sua vida, cuidar mais do bem-estar e da saúde.

Quem estuda mais vive mais crédito Paulus Nugrolo R / Fotolia.com

Foram avaliadas informações da população sueca entre 1949 e 2007 e constatou-se uma menor recorrência de mortes por câncer (principalmente de pulmão) e por acidentes domésticos entre pessoas com maior grau de educação. Mulheres, especialmente, têm menos risco de morrer vítimas de doenças do coração.

Para Anton Lager, um dos pesquisadores responsáveis pelo estudo, mais escolaridade significa mais saúde e autocuidado. “Se o salário é um pouco mais alto, o trabalho tende a ser um pouco mais flexível e a pessoa consegue gerir melhor o seu tempo, de cuidar de si e talvez de ter menos necessidade de consumir álcool e cigarro, por exemplo”, afirma Lager para a HealthDay.

Política-pública

Apesar de já existirem estudos que apontem para a ligação entre os anos de escolaridade e a expectativa de vida, o desafio ainda era mostrar claramente que os dados não estavam ligados apenas a características pessoais, como a capacidade de ficar na escola, ou secundárias, como melhores empregos e renda.

Para entender se apenas o maior tempo passado na escola, exclusivamente, teria impacto na saúde, os pesquisadores acompanharam os resultados de uma política pública sueca que acrescentou, entre 1949 e 1962, a obrigatoriedade de nove anos de ensino para crianças a partir dos 7 anos.

Avaliando a expectativa de vida dos suecos que nasceram entre 1943 e 1955 e comparando crianças de municípios que adotaram a política com as de municípios que não adotaram, os pesquisadores conseguiram precisar a resposta. Eles avaliaram a causa da morte dessas pessoas até 2007 e chegaram à conclusão que nesses 58 anos que se passaram, os adultos com mais escolaridade tiveram uma taxa de mortalidade menor.

Mark Cullen, professor de medicina da Universidade de Stanford avaliou o estudo e disse que “ele apresenta fortes evidências quanto ao impacto dos anos adicionais de ensino na expectativa de vida”.

Com a Health Day


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