Projeto de plataforma sobre dislexia pede doação para sair do papel - PORVIR
Crédito: VICTOR TORRES/Fotolia.com

Inovações em Educação

Projeto de plataforma sobre dislexia pede doação para sair do papel

Domlexia é criado por uma mãe empreendedora que busca levar informação e cursos de formação para educadores e famílias

por Vinícius de Oliveira ilustração relógio 25 de outubro de 2017

De repente, a palavra não sai e a leitura para. Alguns podem erroneamente associar isso à preguiça, mas a dificuldade recorrente para ler e escrever pode ter origem na dislexia. O transtorno faz com que o cérebro funcione de outra maneira, mas com a devida atenção e método estruturado, a experiência de aprendizagem das crianças com dislexia pode ganhar um outro caminho. Para que isso se torne realidade, antes de tudo é necessário compartilhar informação de qualidade e é esse o objetivo do projeto Domlexia, que busca financiamento na plataforma Catarse.

Criado por Nadine Heisler, que também é fundadora da empresa Ligamundos Educação e Treinamento, o Domlexia tem ainda na equipe a psicopedagoga Juliane Barbato, o administrador Gabriel Barbato e o designer Lese Lima. Em sua última semana de campanha o projeto tem como objetivo arrecadar R$ 53 mil reais e promete como recompensa a seus apoiadores desde agradecimentos no futuro site até cursos, dependendo do valor da contribuição.

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Além da parte informativa e de compartilhamento de práticas, o Domlexia também vai se preocupar em oferecer materiais de apoio para formação de professores, planos de aula e projetos escolares e para as famílias. Este último ponto, aliás, tem a ver com a experiência pessoal de Nadine, que tem uma filha com dislexia. “Descobri que os caminhos para se informar são muito obscuros. Eu fico imaginando em um país como nosso quanta gente é tachada de burra ou incompetente, quando na verdade uma intervenção no início pode ajudar muito a criança e demandar um esforço para aprender”.

Um diferencial do projeto Domlexia é que a campanha se apresenta bem estruturada pelo fato do projeto ter sido um dos 10 finalistas do desafio Global Impact Challenge Brazil 2017, da Singularity University, e por Nadine ter sido selecionada para integrar o programa Start-Ed, da Fundação Lemann, que apoia empreendedores em educação.  “O projeto tem seus pilares (informação, colaboração e conhecimento) muito bem definidos e a opção pelo financiamento coletivo visa começar o ano letivo de 2018 com boa parte do conteúdo já disponível para acesso”, explica.

Em todas as etapas de desenvolvimento do Domlexia, a família sempre ocupa lugar de destaque. “O apoio dos pais é fundamental. Atualmente, tudo passa pela leitura e pela escrita e, quando a criança tem dificuldade em relação a isso, o acesso a diversas informações fica mais difícil, por mais que a tecnologia ajude”.

O planejamento da Domlexia prevê que o valor arrecadado na campanha sirva para custear tanto a parte gratuita, com informações, teste indicativo, legislação, caminho do diagnóstico e perguntas e respostas, quanto os produtos pagos. Entre eles estão o curso de formação de professores (para identificar dificuldades de aprendizado e diversificar metodologias), o aplicativo para dispositivos móveis e o programa para escolas. A cada duas licenças vendidas para pais ou escolas, uma outra será revertida gratuitamente para uma escola pública.

Para mais detalhes sobre o projeto, cronologia e descrição da equipe, visite a página do projeto no Catarse.


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cursos, financiamento coletivo, formação continuada, inclusão

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