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Inovações em Educação

Universidades têm que fomentar inovação, diz estudo

Novo relatório do NMC aponta as tendências, tecnologias e desafios do ensino superior para os próximos 5 anos

por Fernanda Kalena ilustração relógio 12 de fevereiro de 2015

O mais recente relatório do NMC (New Media Consortium) sobre o ensino superior, divulgado esta semana, apontou as principais tendências que vão acelerar a adoção de tecnologias nas universidades ao redor do mundo, os desafios que impedem essa adoção e os avanços das tecnologias educacionais previstos para os próximos cinco anos. No total, 56 especialistas de 17 países trabalharam em conjunto para produzir esta edição do estudo, que pela primeira vez teve como parceira a Educause Learning Initiative, uma comunidade que reúne instituições de ensino e organizações para pensar o avanço da aprendizagem através da aplicação inovadora da tecnologia.

As tendências são divididas em três prazos distintos: de um a dois anos, de três a cinco anos e a partir de cinco anos. No cenário mais distante, o avanço de uma cultura de fomento a inovação e a mudanças aparece como uma necessidade, por refletirem uma tendência mais ampla na sociedade. Segundo os especialistas consultados, o ensino superior precisa apoiar o movimento das empresas de adaptar estratégias de ação para permanecerem relevantes ao mercado.

No mesmo período, aparece o aumento da colaboração entre as instituições de ensino superior, baseado no entendimento de que ambientes globais de ensino permitem que as universidades atravessem fronteiras e trabalhem conjuntamente os objetivos comuns, principalmente os relacionados ao uso de tecnologias e pesquisa.

No meio termo, é colocada a crescente preocupação em relação ao acompanhamento da evolução do aprendizado através do uso de dados personalizados. Aqui, o learning analytics aparece como principal elemento de percepção do progresso de cada estudante. A proliferação dos recursos educacionais abertos também vai se mostrar mais presente em um período de três a cinco anos, diz o relatório.

Como tendência mais próxima, o ensino híbrido reforça sua popularização, uma vez que a utilização de recursos online está mostrando resultados positivos nos processos de ensino aprendizagem. Isso dialoga com a outra tendência que aparece neste período, que é o redesenho dos espaços de aprendizagem, que cada vez mais precisam ser configurados para uma abordagem pedagógica centrada no aluno, com uma maior flexibilidade de arranjo estrutural.

Desafios
Já os desafios são estruturados em: solucionáveis, difíceis e perversos. Entre os que são considerados mais simples de serem resolvidos, aparece o ensino híbrido (formal e informal), já que ainda não existem maneiras de acurar e qualificar o aprendizado que acontece fora das salas de aula. Aqui como solução são apontadas políticas públicas que vão regulamentar e avaliar os cursos. Na mesma categoria, é colocada a melhora da chamada alfabetização digital e o desafio se dá por não haver consenso na compreensão de sua definição e medição, o que dificulta o trabalho das instituições ao montar programas que façam uso de recursos tecnológicos.

Entre os considerados difíceis, são colocados como desafiadores a personalização do ensino, já que as ferramentas que facilitam a aplicação dessa abordagem ainda são recentes, e o ensino do pensamento complexo, que é determinante para a resolução de problemas reais, mas também é novo para a maioria dos professores, que ainda estão aprimorando maneiras de ensina-lo.

No topo da lista de mais desafiadores, são listados os novos modelos de educação, que estão trazendo uma competição sem precedentes aos modelos tradicionais, por visarem a uma alta qualidade do ensino a baixo custo. Aqui também é citado o reconhecimento pelo trabalho docente, já que normalmente as universidades valorizam mais a pesquisa acadêmica do que o trabalho do professor em sala de aula.

Tecnologias
Em relação ao avanço tecnológico, é esperado que em um ano ou menos o BYOD (Bring Your Own Device) e a sala de aula invertida estejam sendo frequentemente usados. De dois a três anos, é prevista a proliferação dos espaços maker e da tecnologia vestível. Para daqui a quatro ou cinco anos, tecnologias adaptativas de aprendizado, como softwares e plataformas, que vão customizar o aprendizado para cada aluno, e a internet das coisas, que são objetos que conectam o mundo físico com o das informações.


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ensino híbrido, ensino superior, nmc, personalização, sala de aula invertida, sistema de análise de aprendizagem, tecnologia, traga seu próprio dispositivo (BYOD)

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