Comprar lousas interativas foi um desperdício, diz Reino Unido - PORVIR

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Comprar lousas interativas foi um desperdício, diz Reino Unido

por Redação ilustração relógio 20 de agosto de 2018

A substituição em massa de quadros tradicionais, que usam o giz ou caneta, por lousas interativas foi um desperdício de dinheiro que não ajudou o aprendizado dos alunos, disse Damian Hinds, Secretário de Educação do Reino Unido. Em artigo para o jornal Daily Telegraph, Hinds afirmou: “Eu reconheço que, no passado, os governos foram culpados de impor tecnologia indesejada nas escolas”.

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“Há mais de uma década, lousas interativas caras foram lançadas nas escolas, sem o apoio de professores, e não vimos nenhuma melhoria no aprendizado ligado diretamente a essa tecnologia”. Em 2004, o então secretário de Educação do Trabalho, Charles Clarke, lançou uma campanha de modernização que tinha o objetivo de trocar quadros de giz ou de canetas hidrográficas por quadros interativos. Na época, atéo sindicato de professores saudou a medida. “Lousas interativas são extremamente benéficas. Com a medida, acabaria também aquele ruído estridente feito pelo giz”.

Dois anos depois, um estudo da Universidade de Cambridge sobre quadros interativos descobriu que eles haviam sido “introduzidos em salas de aula britânicas a uma taxa sem precedentes em qualquer outro lugar do mundo”. No entanto, pesquisadores concluiram que, embora os quadros interativos permitam o ensino inovador, seu uso “não pode ser reivindicado como ‘transformar o ensino’ em termos do diálogo em sala de aula e da pedagogia subjacente”.

Hinds defende que as escolas devem decidir quais os produtos são mais adequados ao seu dia a dia e alertou professores para não serem enganados por produtos que oferecem pouco valor ao aprendizado. “Com cerca de mil empresas de tecnologia vendendo para escolas, não é fácil separar os produtos genuinamente úteis dos modismos e enganações”.

“A tecnologia nunca será capaz de substituir o efeito inspirador e motivado de um grande professor, mas pode apoiar um ótimo ensino e economizar tempo dos professores para que eles possam se concentrar no que importa”, disse Hinds.


Leia a matéria original em Daily Telegraph

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