O Carnaval possui um grande papel educativo. A data oferece oportunidades para debater arte, cultura e história de forma envolvente e significativa
A escola homenageou a história do primeiro terreiro de candomblé do Brasil, destacando o poder feminino nas religiões de matriz africana. O enredo também exaltou Iyá Nassô, princesa negra escravizada que, junto de suas irmãs, enfrentou a guarda imperial para libertar seus filhos durante a Revolta dos Malês.
O enredo da Imperatriz Leopoldinense se debruçou sobre o Itan, uma história da mitologia africana que narra a visita de Oxalá a Xangô, no reino de Oyó. Após quase 50 anos, a escola retornou à temática afro-religiosa, abordando a mitologia dos orixás em seu desfile.
Usando elementos da cultura pernambucana, a Unidos do Viradouro contou a história de Malunguinho, afro-indígena que liderou o Quilombo do Catucá no início dos anos 1800, um dos maiores já relatados.
A escola destacou a influência dos povos Bantos, de Angola, na cultura, sociedade e religiosidade do Rio de Janeiro. O samba-enredo também celebrou o funk e o "orgulho de ser da favela", ressaltando a identidade das coumunidades cariocas.
A Unidos da Tijuca apresentou a história de Logun-Edé, orixá filho de Oxóssi e Oxum. Segundo a tradição iorubá, ele herda de Oxum a ligação com a pesca e a água doce, e de Oxóssi, os laços com a caça e as florestas.
A escola prestou homenagem ao maior nome de sua história, o carnavalesco Laíla. Além de destacar sua trajetória, o samba-enredo celebrou sua fé, refletindo a diversidade de suas crenças e religiões.
O Salgueiro trouxe magia e encantamento em 2025, destacando rituais de proteção de diversas culturas. O enredo abordou crenças africanas, práticas indígenas e elementos da cultura popular carioca.
A escola levou um trem-fantasma para o desfile na Sapucaí, com seres mágicos e assombrações. Ganharam destaque elementos fortes da cultura popular brasileira, como o Saci, o Lobisomem e a Onça-Boi.
A escola embarcou em uma viagem intergaláctica para explorar as questões do presente, passado e futuro, fazendo uma reflexão sobre o uso da tecnologia e a preservação do planeta.
Sequestrada no Congo para ser escravizada em Salvador no século 16, Xica Manicongo é considerada a primeira travesti do Brasil. Hoje, ela é símbolo de resistência para a comunidade LGBTQIAPN+
A Grande Rio fez uma viagem pelas águas místicas do Pará. O enredo conta a história de três princesas turcas que passaram por um processo de encantamento e se tornam protagonistas do Tambor de Mina paraense, um complexo religioso único.
Sem necessidade de maiores descrições, a Portela homenageou um dos maiores ícones da cultura brasileira: Milton Nascimento. Cada ala, carro alegórico e fantasia representaram uma parte da trajetória de Bituca.
Roteiro: Porvir Arte: Luan Silva Crédito de imagens: Agencia Brasil Data de publicação: 10/03/2025