QUEM INSPIRA

Identidade quilombola valorizada: conheça Gonçalina Eva Almeida

E se a Chapeuzinho Vermelho fosse Chapeuzinho Afro, uma menina negra moradora do quilombo Mata Cavalo, que fica em Mato Grosso?

Ou se a Branca de Neve se chamasse Negra Bela e, em vez de sete anões, ela fosse cercada por sete pantaneirinhos?

Foi isso o que fez a professora Gonçalina, da Escola Quilombola Tereza Conceição Arruda. Por lá, alguns clássicos infantis são recriados para valorizar crianças e adolescentes do território.

O engajamento da professora está presente em toda a escola. As aulas de sociologia, matemática, ciências da natureza, entre outras, também são trabalhadas por um olhar quilombola.

"Elas foram minha principal inspiração. Sonhavam com a educação como uma ferramenta para a mudança das nossas vidas."

Gonçalina tornou-se professora pelas inspirações que tinha em casa: sua avó e sua mãe eram professoras.

A professora Gonçalina, ainda no magistério, em Livramento (MG).

A valorização do território também se reflete na vida dos estudantes. Gonçalina tem alunos que, inclusive, viraram professores da própria comunidade.

"Com esses alunos, conseguimos ver que fizemos um bom trabalho. Hoje, percebemos que valorizam a identidade quilombola e o sentimento de pertencimento, além de trabalharem para a melhoria da comunidade."

É por essa história inspiradora que a professora Gonçalina vai fazer parte da nossa exposição "Encontro com o Porvir: trajetórias de educadores que transformam o presente e constroem o futuro".

A exposição acontece em novembro, em São Paulo (SP), e vai contar as histórias de 10 professores inovadores brasileiros.

Saiba mais sobre a história da professora Gonçalina

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Roteiro: Beatriz Cavallin e Ruam Oliveira Arte: Luan Silva Crédito de imagens: AdobeStock e arquivo pessoal de Gonçalina Eva Almeida Data de publicação: 21/09/2022