A reprovação escolar, isto é, fazer o aluno repetir de ano por não atingir aproveitamento mínimo, é um tema que vai contra o conceito de equidade.
Diferentemente de igualdade, que significa tornar as coisas mais iguais, a equidade visa equilibrá-las. Ou seja, oferecer mais a quem mais precisa.
A ideia de que repetir o ano ajuda o aluno a “reforçar” conteúdos é amplamente contestada. Estudos internacionais indicam que a reprovação não contribui para a melhoria do desempenho acadêmico.
Fonte: Instituto Unibanco - Boletim Aprendizagem em Foco 32 - Reprovação não contribui para aprendizagem
Uma revisão de pesquisas conduzida pela Universidade de Coimbra concluiu que a repetência é ineficaz pedagogicamente e até prejudicial ao desenvolvimento integral dos alunos.
Fonte: Instituto Unibanco - Boletim Aprendizagem em Foco 32 - Reprovação não contribui para aprendizagem
No exterior, as conclusões são as mesmas. Países com alta incidência de repetência não apresentam desempenho médio superior aos que adotam a promoção automática com apoio pedagógico.
Fonte: Inep
Altos índices de reprovação também geram custos elevados, ao desperdiçar recursos com alunos que refazem o mesmo ano em vez de investir em propostas pedagógicas eficazes.
Fonte: Inep - PISA em foco 6
Outro ponto importante é o estigma da repetência. Ser reprovado muitas vezes pode levar a rótulos de fracasso, causando discriminação e isolamento.
Fonte: Unesco - Iniciativa Global Pelas Crianças Fora da Escola - Brasil (2012)
Um dos impactos mais graves é o abandono escolar. Alunos submetidos a repetidas reprovações muitas vezes desistem da escola por acreditarem que “não têm futuro”.
Fonte: Unesco - Iniciativa Global Pelas Crianças Fora da Escola - Brasil (2012)
Fonte: Instituto Unibanco - Boletim Aprendizagem em Foco 32 - Reprovação não contribui para aprendizagem
Roteiro: Vinícius de Oliveira e Ana Luísa D'Maschio Vieira Arte: Luan Silva, Ronaldo Abreu e Vinícius de Oliveira Crédito de imagens: DepositPhotos, Freepik e Agência Brasil Data de publicação: 19/08/2025