Sem políticas de permanência, jovens desistem de fazer faculdade

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Com crise e sem bolsa, jovens desistem de fazer faculdade

por Redação ilustração relógio 5 de agosto de 2022

“Não tive oportunidade de sonhar, de estudar. Não foi diferente para minha mãe, para meu pai, para minha avó. Por que seria diferente para mim?”, lamentou Beatriz Zeballo, 20, que estudava filosofia na Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), mas que teve que trancar o curso no terceiro semestre.

A história de Beatriz tem se repetido por todo o país. A necessidade de trabalhar e a falta de políticas de permanência nas universidade têm levado muitos jovens a abandonarem seus cursos – e seus sonhos.

O orçamento destinado pelo Ministério da Educação (MEC) para as despesas discricionárias (em que o valor destinado às políticas de permanência estudantil se encaixa) das universidades federais têm reduzido ano após ano. O valor de R$ 7,6 bilhões de reais, em 2015, caiu para R$ 4,7 bilhões em 2021. Em 2022, houve aumento para R$ 5,1 bilhões, mas, em junho, o governo anunciou o bloqueio de R$ 1,6 bilhão, de acordo com dados do próprio MEC.

O resultado já pode ser visto. Em 2020, foram registradas 81 mil matrículas a menos nas universidades federais em comparação a 2015, de acordo com o Inep. As inscrições no ENEM, principal prova de acesso às universidades públicas do país, também registraram queda. No ENEM 2016, 8,6 milhões de pessoas se inscreveram para a prova, diante de apenas 3,3 milhões registrados na última edição.


Leia a matéria original em Uol

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