O cérebro precisa se emocionar para aprender
por Redação 20 de julho de 2016
Segundo um experimento realizado pelo MIT (Massachusetts Institute of Technology, dos Estados Unidos), a atividade cerebral de um estudante de 17 anos enquanto assiste uma aula é a mesma de quando assiste a um programa de televisão. Na prática, o estudo provou que a teoria do “aluno como receptor passivo de conteúdo” não funciona.
Talvez, isso seja explicado pela teoria do neuropsicólogo infantil José Ramón Gamo, que defende que “para aprender, o cérebro precisa se emocionar”. Segundo ele, os novos avanços da tecnologia permitem ver a atividade cerebral enquanto os alunos realizam as tarefas, o que pode servir para que professores decidam quais são os métodos mais efetivos de aprendizagem. Essa prática faz parte da corrente da neurodidática, um conjunto de conhecimentos que traz a investigação científica e relaciona neurociência e processos de aprendizagem.
Juntamente com sua equipe, Gamo levantou que, na Espanha, 50% do tempo das aulas no ensino fundamental são gastas de forma expositiva, com o professor passando informações de forma oral. No ensino médio, o índice sobe para 60%, enquanto no ensino superior chega a 80%. “Nesses casos, o processamento linguístico não é protagonista. O que quer dizer que a fala (a conversa) não funciona. Os gestos faciais, corporais e o contexto desempenham um papel muito importante. Outra mostra da ineficiência de aulas expositivas”.
Leia a matéria original em El País
Tenho uma vivência com estudante universitário que comprova isto, esta vivência me orienta até hoje na metodologia que adota para minhas aulas de mecânica dos fluidos, fenômenos de transporte, hidráulica e hidrologia