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Inovações em Educação

MEC quer site adaptativo para Pisa e Prova Brasil

Depois de experiência com Enem, Mercadante anuncia edital de contratação de plataformas de ensino para aluno treinar para exames

por Redação ilustração relógio 9 de dezembro de 2013

O ministro da Educação, Aloizio Mercadante, anunciou hoje que abrirá edital para a contratação de duas plataformas adaptativas, uma para ajudar os alunos a se preparar para o Pisa (avaliação internacional que mede a habilidade de estudantes de 15 anos em matemática, leitura e ciências) e outra para a Prova Brasil (exame realizado com alunos de 5o e 9o anos do ensino fundamental e 3o ano de ensino médio de escolas públicas brasileiras). Esse tipo de ferramenta, que já vem sendo desenvolvida em larga escala nos EUA e só agora começa a ter exemplos por aqui, permite que os estudantes façam um diagnóstico muito preciso de seu grau de proficiência em cada uma das habilidades medidas pelos exames e recebam um relatório individual em que são sugeridas os pontos a serem trabalhados.

“Pesquisas recentes mostram que 87% dos alunos acham mais interessantes aulas com projetores e recursos digitais do que as tradicionais com lousa. Os alunos atuais são habituados a esse mundo, a sala de aula precisa dialogar com eles”, afirmou o ministro, ao comentar sobre sua aposta na tecnologia. A notícia chega um mês depois da aplicação da Prova Brasil, cujos resultados ainda estão sendo processados, e uma semana depois da divulgação das notas do Pisa 2012. Na avaliação internacional feita com países da OCDE, o país apresentou melhora geral de desempenho, mas ainda segue nas últimas colocações do ranking, estando em 58o lugar em matemática, 55o em leitura e 59o em ciências entre os 65 países participantes.

MEC quer plataforma adaptativa para Pisa e Enemcrédito vege / Fotolia.com

 

O anúncio de Mercadante aconteceu durante evento em que foram revelados dados da primeira experiência do gênero no país, o uso da Geekie Games no Enem. Lançada em agosto, a plataforma foi usada gratuitamente por mais de 17 mil escolas e 2 milhões de alunos, 78% deles de escolas públicas. Para participar, o professor podia inscrever sua turma ou os alunos podiam se inscrever individualmente. Um simulado inicial diagnosticava o desempenho dos usuários em cada competência do Enem. Na sequência, um plano de estudos individualizado era gerado, indicando videoaulas, exercícios e outras atividades a serem completadas na própria plataforma para melhorar os resultados. Na reta final da prova, outro simulado foi aplicado e o aluno pode avaliar seu desenvolvimento.

No geral, os alunos com pior resultado na primeira prova melhoraram em até três vezes seu desempenho. A experiência foi acompanhada de perto pelo Ministério de Educação, que pretende inserir a plataforma Geekie na próxima leva de 600 mil tablets comprada pela governo. A intenção dos responsáveis pela plataforma é que, em 2014, ela fique o ano inteiro disponível para os alunos se prepararem para o Enem.


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