Generosos tendem a evoluir mais que egoístas, diz estudo
Segundo pesquisador de Harvard, seres que contribuem para a sua comunidade são dominantes em seus ambientes
por Redação 
27 de abril de 2012
O biólogo E. O. Wilson, pesquisador de Harvard, acaba de publicar um estudo que defende que grupos constituídos por seres generosos com a comunidade onde estão inseridos têm mais chances de sobreviver que grupos formados por seres de comportamento egoísta. A teoria foi apresentada no livro recém-lançado A conquista social da Terra (livre tradução de The social conquest of Earth).
O estudo de Wilson se concentrou no comportamento dos seres eussociais, termo usado para designar formas complexas de vida, como formigas, abelhas, alguns crustáceos e humanos. Esses grupos, apesar de não serem necessariamente os mais numerosos do planeta, dominam seus ambientes.
crédito Antrey/Fotolia.com
Para Wilson, esses seres se destacaram por agir em prol da comunidade em que estão inseridos, em vez de pensar no benefício próprio ou apenas no bem dos mais próximos. A teoria da seleção por grupos, no entanto, tem causado polêmica entre cientistas.
Por décadas, o consenso sobre a evolução dos seres eussociais estava na chamada seleção por parentesco. De acordo com essa teoria, o comportamento altruístico beneficia apenas aqueles que estão mais próximos, não necessariamente toda a comunidade, como defende a seleção por grupo de Wilson.
A seleção por grupo, de acordo com o pesquisador, explica o domínio dos seres humanos no planeta. Esse processo, alerta o professor, também é capaz de gerar os melhores e os piores impulsos nos indivíduos: como a disposição por se sacrificar pelos pares de um lado e a xenofobia de outro.
Com Harvard Gazette
