Campanha discute qualidade da conexão nas escolas
Campanha Nossas Escolas Conectadas 2021, promovida pela Fundação Lemann, NIC.br e Sincroniza Educação, incentiva o uso de medidor SIMET
por Ruam Oliveira 8 de junho de 2021
Qual a qualidade da internet nas escolas brasileiras? Realizar esse teste de conectividade é o objetivo central da campanha “Nossas Escolas Conectadas 2021”, que incentiva escolas a utilizarem o Medidor SIMET para fazer a verificação. A ferramenta gratuita, desenvolvida pelo NIC.br, monitora a qualidade da conexão de Internet e permite o acompanhamento em tempo real das métricas de banda larga fixa nas escolas públicas do país.
Os dados obtidos ficarão públicos e disponíveis no Mapa Nacional da Conectividade para quem desejar acessar a plataforma. Essa é uma medida que pode auxiliar gestores a entenderem, por meio de dados qualificados, a situação de sua escola em relação ao restante da rede, e assim traçar estratégias.
A campanha também propõe que as redes de ensino organizem o “Dia C” – o Dia da Conectividade -, momento para fazerem a instalação do Medidor nas escolas. Caso desejem, a Fundação Lemann, o NIC.br e a Sincroniza Educação oferecem apoio para essa ação.
O Censo de 2020 aponta que 75% das escolas possuem conexão à internet, porém a velocidade que chega nas escolas é de apenas 17 Megabits por segundo, o que é considerado insuficiente quando se trata do ensino híbrido. Principalmente, quando muitos estudantes precisam acessar a rede ao mesmo tempo.
De acordo com as instituições promotoras da campanha, o Medidor é considerado um dos melhores instrumentos a nível internacional para identificar em quais unidades de ensino alunos e professores ainda necessitam de acesso à internet de qualidade.
Porvir e Conectividade
A importância da tecnologia na escola está presente no Porvir desde sempre – e muito antes da pandemia. Com o Guia Tecnologia na Educação, sistematizamos conceitos relacionados à prática e à infraestrutura de escolas e redes para o uso pedagógico de ferramentas digitais que beneficiam a aprendizagem.
Publicado em 2015, o guia traz diversas recomendações que ainda hoje são valiosas para gestores e educadores em meio às transformações provocadas pela pandemia de covid-19. Desde aquele momento, era clara a necessidade de redes públicas de ensino terem internet de qualidade, não apenas superando os 2 Mbps, mas fazendo com que a conexão chegasse aos alunos, em laboratórios e em sala de aula.
O momento cobra que as lideranças educacionais consigam encontrar maneiras para superar as dificuldades de acesso à internet e dispositivos, tenham uma visão clara de seus objetivos para o uso de tecnologia, e ofereçam ciclos contínuos de formações aos mais diversos níveis de sua estrutura. E tudo isso em um curto espaço de tempo. Sem conectividade adequada para as aulas remotas, professores sentem-se pressionados e alunos não conseguem ter um nível de participação e de aprendizagem adequados, como mostraram reportagens do Porvir dentro da cobertura Educação em Tempos de Coronavírus, que já soma mais de 180 conteúdos desde março de 2020.
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