Escolas usam leitor de mão para cobrar lanche
Identificação com infravermelho está sendo usada por mais de 50 mil alunos, nos EUA, e será expandida para hospitais
por Redação 3 de dezembro de 2012
Nas escolas de Pinellas County, na Flórida, os alunos não pagam mais seu almoço com dinheiro ou um cartão, mas com um aceno de mão sobre um scanner. “É tão rápido que uma criança poderia estar na fila, ligar para a mãe e dizer, ‘eu esqueci meu dinheiro do almoço de hoje’, ela transfere o dinheiro pelo computador e, no momento em que a criança chega na frente da fila, já está gravado”, disse Art Dunham, diretor de serviços de alimentação nas escolas da cidade para o USA Today. Os estudantes têm cerca de quatro segundos para estender as mãos e pagar o almoço e fazem isso com uma precisão de 99%. “Nós simplesmente adoramos. Ninguém quer voltar ao método antigo”, diz Dunham.
A leitura da palma da mão é uma tecnologia que está surgindo em todo o país e parece pronta para entrar de vez em outras escolas e hospitais. Também já existem aplicativos que usam como um identificador seguro para a computação em nuvem (armazenamento virtual de arquivos). O serviço funciona da seguinte maneira: através do infravermelho (daqueles que vemos no controle remoto da televisão), o dispositivo leva uma fotografia de alta resolucão do padrão das veias logo abaixo da pele de uma pessoa. Essa imagem, entre 1,5 e 2,5 centímetros quadrados, é registrada e digitalizada.
Esses leitores já estão sendo instalados em mais 50 sistemas de ensino e mais de 160 sistemas hospitalares em 15 estados. Em Pinellas County – pioneira no uso da tecnologia – são mais de 50 mil alunos em 37 escolas; em breve, o programa será expandido para 60 mil alunos em mais de 80 escolas do ensino fundamental. Mas nem todo mundo aprova a ideia. Em Carroll County, no estado de Maryland, entre as escolas que adotaram o projeto, Ian Webb, um aluno de sete anos ficou de fora. Seu pai, Michael Webb decidiu sua saída do programa. “Meu filho não está usando a tecnologia”, disse ele ao jornal. “Eu vou ser honesto, acho horrível. É uma intrusão em direitos de nossas crianças.”
Mesmo em meio a discussões, a tecnologia continua se expandindo. Em setembro, a Fujitsu lançou uma nova linha de leitores no Japão. Clientes do banco Ogaki Kyoritsu podem acessar máquinas de dinheiro sem um cartão de banco ou número de identificação. Para Sridhar Iyengar, diretor de pesquisa de segurança da Intel Labs, a digitalização da palma da mão pode ser um meio de ajudar aquelas pessoas que esquecem das senhas. “Substituir o que você sabe (senhas) com o que você é, é uma facilidade. É mais difícil de falsificar, e não é provável que você se esqueça de suas impressões digitais em breve”, diz.