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Inovações em Educação

Estudar faz pessoas serem mais felizes e viverem mais

Estudo faz parte de série composta por 10 pesquisas sobre educação; nível de felicidade é 18% maior entre mais escolarizados

por Redação ilustração relógio 8 de fevereiro de 2013

Um estudo recente sobre aspectos da educação mostra que quem estuda mais tende a ser mais feliz e ter uma expectativa de vida maior. O levantamento What are the social benefits of education? (Quais são os benefícios sociais da educação?, em tradução livre) foi produzido pela OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico) e realizado em 15 países membros da organização – do qual o Brasil não faz parte. “A educação ajuda as pessoas a desenvolver habilidades, melhorar a sua condição social e ter acesso a redes que podem ajudá-las a terem mais conquistas sociais”, dizem os autores da pesquisa.

Segundo o estudo, as pessoas que estudam mais são mais felizes porque tem maior satisfação em diferentes esferas de sua vida. Esse nível de satisfação pessoal é de, em média, 18% a mais para que têm nível superior em relação àquelas que pararam no ensino médio.

Em relação ao aumento da expectativa de vida, o estudo mostra que um homem de 30 anos, por exemplo, pode viver mais 51 anos, caso tenha formação superior, enquanto aquele que cursou apenas o ensino médio viveria mais 43, ou seja, oito anos menos. Essa disparidade é mais acentuada na República Tcheca, onde os graduados podem viver 17 anos a mais. Já os portugueses, asseguraram a diferença mais baixa, apenas 3.

O estudo, divulgado no fim do mês passado, encerra a Education Indicators in Focus, série composta por 10 estudos, apresentados ao longo de janeiro de 2012 a janeiro de 2013, que destacam diferentes aspectos educacionais avaliados da educação básica ao ensino superior. Entre eles, como a crise global afeta as pessoas com diferentes níveis de escolarização, quais países estão dando suporte ao acesso ao ensino superior e qual a variação no número de alunos ao redor do mundo. Os interessados em acompanhar as pesquisas podem acessá-las gratuitamente on-line em três versões: inglês, espanhol e francês.No caso das mulheres, a diferença não é tão acentuada: a expectativa média de vida é de quatro anos a mais para as universitárias. À frente desta tabela estão as nascidas na Letônia, que vivem quase nove anos mais do que as compatriotas que interromperam os estudos no antigo segundo grau.

Os políticos devem ter em conta que a educação pode gerar benefícios sociais mais amplos desde que haja mais investindo em políticas públicas.

Em outro capítulo desse mesmo levantamento, realizado com um grupo de 27 países, a OCDE chegou à conclusão de que 80% dos jovens com ensino superior vão às urnas, enquanto o número cai para 54% entre aqueles que não têm formação superior. Os adultos mais escolarizados também são mais engajados quando o assunto é voluntariado, interesse político e confiança interpessoal. “A educação tem o potencial de trazer benefícios para as pessoas e para as sociedades, e isso vai muito além da contribuição para a empregabilidade dos indivíduos ou de renda”, afirma os autores da pesquisa, que enfatiza ainda a importância do Estado. “Os políticos devem ter em conta que a educação pode gerar benefícios sociais mais amplos desde que haja mais investindo em políticas públicas”.

Sala de aula

Nos países da OCDE, a quantidade média de alunos em sala de aula é de 23, embora o número varie de acordo com cada país. Na Coreia e no Japão chega a 32; enquanto na Eslovênia e Reino Unido não passa de 19 por classe, segundo mostra o estudo How Does Class Size Vary Around the World? (Como a sala de aula varia ao redor do mundo?, em tradução livre), divulgado em novembro de 2012. A pesquisa mostra que entre 2000 e 2009 muitos países investiram recursos adicionais para diminuir o número de estudantes em sala de aula, no entanto, o desempenho melhorou em apenas alguns deles. “Reduzir o tamanho da turma não é, por si só, uma alavanca política suficiente para melhorar o rendimento dos sistemas de ensino, mas, sobretudo, priorizar a qualidade dos professores em relação ao tamanho da classe”, aponta a pesquisa.


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José Liuto

Achei essa pesquisa o máximo! Pois quero retornar meus estudos que havia abondonado a alguns anos. Hoje sinto na pele o insucesso profissional por não ter concluido ao menos o ensino médio. Na tentativa de recuperar o tempo perdido, vou me matricular para o segundo semestre desse ano. Aos 39 anos, cursar a 1a série do Ensino Médio e fazer um curso técnico para aprender uma profissão. Por motivo de trabalho não pude me matricular agora no início do ano, mas em abril serei dispensado do meu atual emprego, só assim terei o caminho livre para estudar. Em suma quero dizer que o estudo somado a uma qualificação profissional, com certeza faz toda a diferença na nossa vida. Traduz em sucesso e satisfação. Obrigado pela oportunidade de expressar minha opinião com conhecimento de causa. Tenhamos todos uma ótima semana. Abraço!

Karla Silva

Isso é mais do que obvio. Se você estuda, você consegue um emprego, se estudar mais, aumento de salário, se o salário aumenta, a qualidade de vida aumenta. Será que precisaria de uma pesquisa pra detectar isso ? aff

Juli_RJ

Não foi bem isso que os pesquisadores colocaram, se referiam as pessoas se sentirem realizadas com o investimento do estudo e não em ganhar melhor por isso. Um bom salário não é garantia de satisfação e felicidade, apenas representa que ganha mais dinheiro. Mas você sentir que está buscando o melhor, investindo em si mesmo, é garantia de felicidade. Os lucros são consequencia disto.

renata

achei tambem um maximo pois ajuda todos estudantes a serem alguem na vida.
e ajuda quem quer ser alguem na vida,e arrumar um bom trabalho para poder subir mais alto,e para sustentar sua familia

renata amanda

se voce quiser ser alguem nao deixe os outros te atrapalharem,porque quem te atrapalhar nao quer o seu bem mas sim o seu mal,nao de ouvidos para quem quer ver voce no chao
na minha opiniao temos que estudar bastante para ser alguem na vida

Adriana rosa de oliveira

Eu acho que as pessoas com estudo e muito mais valorizadas do que as que não possuem estudos ,e concordo com o que foi citado acima que si vive mais,pq tem a mente ocupada,e que pessoas com estudos são os mais empregados,e que o seu curriculum conta muito,o empregador e bem visto.

Adriana rosa de oliveira

Eu acho que as pessoas com estudo e muito mais valorizadas do que as que não possuem estudos ,e concordo com o que foi citado acima que si vive mais,pq tem a mente ocupada,e que pessoas com estudos são os mais procurados no mercado de trabalho ,e que o seu curriculum conta muito,o trabalhador e bem visto pelo empregador.

Juli_RJ

A vida é uma contradição. Se valoriza socialmente a falta de cultura e estudos, mas no trabalho valoriza o estudo. Por isso, que há tanto desemprego, o que as pessoas buscam baseados nesses valores não se correspondem. Mas estudo é importante não só para a própria satisfação, mas para as pessoas conseguirem conviverem melhor.

brenno

a eu nao

Souza

Eu por exemplo estou cursando o ensino superior e estou mais feliz do que quando ainda estava no ensino regular.

Souza

Eu por exemplo estou cursando o ensino superior e estou mais feliz do que quando ainda estava no ensino regular.

pedro

gente quero saber se o estudo vai me fazer ser uma pessoa melhor
uma pessoa que tenha dinheiro, sabe
e também que traz a minha felicidade, por que eu parei de estudar e a minha vida está meio que um coco.
e tipo não sei se é por causa dos estudos ou… não sei… o que acham??
tipo com estudos eu tenho benefícios e oportunidades e riqueza?
mais tipo não quero que você olhe e fale; ah ele quer dinheiro
não eu queria que o que vou estudar e me dedicar tenha valorização assim como me dediquei cada dia estudando ele, e que isso se torne um benefício um salário bom entende?
alguém pode me ajudar? :(

Ivo Aparecido Franco

Olha só. Você publicou isso há um ano, mas se servir, vou te falar o seguinte: aos 18 anos um grande amigo me disse que eu era um alienado. Ele tinha razão. Eu tava mesmo alienadaço. Infelizmente, o contexto social do Brasil faz isso com a gente. Cara. A primeira coisa que você precisa entender é que o estudo não é por riqueza. Primeiramente é por dignidade e sem estudo a gente é enganado meu amigo, passado para trás. Imagine você, quando for comprar uma casa, tiver de ler um contrato e não entender o que está escrito? Ou então se for pra área de exatas e precisar projetar um prédio ou uma ponte e precisar calcular a resistência deles? Quantos prédios e pontes não caem porque os engenheiros não sabem fazer cálculo?
O primeiro passo é começar a adquirir conhecimento de qualquer tipo: filosofia, biologia, história, matemática. Aproveite. Estude com afinco essas matérias, primeiro para um enem. Faça um cursinho. Lá irá descobrir qual área gosta mais. Cada livro que te indicarem, leia inteiro. Mas não engane. Estude mesmo e conheça os grandes filósofos, Sócrates, Platão, Maquiavel, Sartre. Assista séries sobre física e mergulhe na literatura.Aproveite o conhecimento para ter oportunidade de saber o que você quer fazer. Estude com afinco e leia ao menos uns cem livros. No final você será outro sujeito. E procure também se informar sobre as áreas de pesquisa e inovação mundial, porque será fundamental na sua formação. Por último pense o seguinte: Com o conhecimento se você não ficar rico, ao menos vai saber qual caminho seguir e ainda conhecerá seus direitos!!!

Cleiton

Parabéns pela sua colocação!

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