Fundação Estudar vai dar mentoria a aluno da Minerva

Os estudantes brasileiros que passarem na seleção da Universidade Minerva – uma audaciosa proposta de ensino superior que vai reunir jovens talentos de todo o mundo para estudarem de forma itinerante em várias cidades do globo – poderão ganhar um programa de mentoria gratuito oferecido pela Fundação Estudar.  Como participante do Fellowship Estudar Fora & Minerva, o candidato vai receber aconselhamento personalizado de mentores experientes que repassarão orientações sobre carreira, esclarecerão dúvidas sobre intercâmbio universitário e vão conectar o mentorando a uma rede de contatos profissionais.

Para ter direito a esse programa de orientação, o candidato brasileiro tem que se inscrever não só no processo de admissão da Universidade Minerva como também fazer a inscrição no Fellowship do portal Estudar Fora. O prazo de ambos os processos se encerra no dia 31 de dezembro. Contudo, para ter direito ao mentoring o aluno precisa estar entre os 19 candidatos selecionados para estudar na primeira turma do Minerva. O resultado dos novos universitários e dos candidatos à mentoria será conhecido até o dia 15 de fevereiro de 2014. As aulas da Minerva estão previstas para começar no segundo semestre do ano que vem. Sobre a mentoria, não foi informado a data exata de início do programa. Mas ela vai começar antes e vai continuar durante os quatro anos da graduação.

Entidade que prepara candidatos interessados em estudar em instituições de ponta no exterior, a Fundação Estudar espera com a iniciativa complementar a formação dos brasileiros selecionados no Minerva. “Vamos usar nossa experiência na formação de líderes, para oferecer um programa de mentoria e liderança aos estudantes durante todo o curso”, afirma, em nota, Renata Moraes, gerente de educação da Fundação Estudar.

E a expectativa de ter, nessa primeira turma, alunos brasileiros também é compartilhada pelo diretor do Projeto Minerva para América Latina, Alex Aberg Cobo. Segundo ele, há “grandes” chances de alunos brasileiros e latinoamericanos participarem do primeiro grupo. No modelo itinerante de aulas, os estudantes selecionados terão a possibilidade de estudar em algumas das principais metrópoles o mundo, como São Franscisco – onde está a sede do Minerva – e Shangai.  Além delas, outras cinco cidades localizadas em outros continentes, mas que ainda não foram escolhidas em definitivo, também farão parte do roteiro. O Brasil figura entre os países que receberão a universidade, a dúvida está entre as cidades do Rio de Janeiro e São Paulo. Durante toda a jornada, os alunos “cidadãos do mundo” irão dividir os mesmos dormitórios.

Seleção

Utilizando a mesma lógica das aplicações para universidades estrangeiras, o candidato interessado em participar da seleção precisa, antes de tudo, dominar o inglês. Durante o cadastramento da aplicação para uma vaga no Minerva, o candidato terá que preencher informações sobre testes de certificação de fluência na língua, além de dados sobre seu histórico escolar. Também terá que detalhar experiências profissionais e pessoais ligadas ao desenvolvimento de atividades criativas, de liderança e até menção à trabalhos voluntários realizados previamente. Em um segundo momento, também estão previstas entrevistas via Skype com diretores baseados nos EUA, além de visitas aos candidatos feitas por representantes do projeto espalhados por todo o mundo.

Já para participar do programa de mentoria da Fundação Estudar, o candidato a uma vaga no Minerva deve preencher um outro formulário on-line, também com informações pessoais e profissionais.

Subsídio à primeira turma

E se a intenção do Projeto Minerva é promover um ensino de excelência comparável ao das Ivy League – melhores universidades do mundo como Harvard e Stanford  – , uma diferença, no entanto, poderá ser sentida no bolso: como a plataforma é on-line, os fundadores esperam conseguir que as taxas anuais (em torno de US$ 28 mil) sejam um pouco menos que a metade dos quase US$ 60 mil cobrados, em média, pelas outras instituições de ponta. A proposta do time é criar uma instituição que entenda a internet como um meio legítimo de acesso a conhecimento de alta qualidade. “O papel pedagógico da Minerva é preparar os alunos para prosperar no mundo real”, diz o site da iniciativa ao definir os seus pilares.

E mais, para atrair candidatos – não apenas o público regular de instituições de elite  –, todos os selecionados para a primeira turma terão os seus custos com anuidade (em torno de US$ 10 mil) e outras despesas subsidiadas pela universidade. As despesas com passagens aéreas, no entanto, ficam à cargo do estudante. “Sempre foi nossa intenção oferecer uma educação extraordinária e acessível a estudantes talentosos de todo o mundo. Experiência acadêmica de alta qualidade e mensalidades acessíveis não são mutuamente excludentes”, afirma, em nota, o CEO do Projeto Minerva Ben Nelson. Os alunos cobaias do primeiro grupo serão tutores das próximas turmas.

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