Robôs de Lego para melhorar a vida na terceira idade - PORVIR

Inovações em Educação

Robôs de Lego para melhorar a vida na terceira idade

Jovens com idade entre 9 e 15 anos participam de concurso que premiará melhor inovação tecnológica feita a partir de brinquedo

por Vinícius Bopprê ilustração relógio 26 de outubro de 2012

Existem algumas coisas que fazem a infância valer a pena. Chupar manga no pé e tirar o fiapo dos dentes, machucar o dedão jogando futebol na rua e construir sua própria casa de brinquedo são algumas delas. Ainda não inventaram um concurso de quem tira mais fiapos em menos tempo ou quem acumula mais cicatrizes pelo corpo. Mas há 14 anos existe um concurso das famosas pecinhas Lego no mundo inteiro, que busca apresentar o universo da ciência e tecnologia para crianças e adolescentes, por meio da construção e programação de robôs. A First Lego League (FLL) deste ano, chamada Senior Solutions, já está com as inscrições abertas e irá premiar projetos que abordem melhoria na qualidade de vida na terceira idade.

Para se inscrever, as equipes devem ser formadas por 4 a 10 integrantes de instituições de ensino públicas ou privadas, ONGs ou grupos independentes. E os participantes precisam ter idade entre 9 e 15 anos. Cada time é acompanhado por um técnico e um mentor, sendo que pelo menos um necessariamente deve ser adulto, podendo ser professor, profissional, pai ou estudante universitário.

crédito Olivier Delaye / Fotolia.com

Cada ano, o concurso tem um tema específicos. Entre os projetos anteriores mais bem sucedidos está um dispositivo para conscientizar motoristas a respeito das vagas para portadores de deficiência física, desenvolvido pela equipe Ildobótica de Porto Alegre. Outra vencedora foi a equipe Apoiobot, de Recife, que estudou os processos de esterilização do leite com o objetivo de desenvolver uma solução inovadora que fosse mais eficaz do que os métodos utilizados hoje. A ideia alcançou proporções mundias e, no evento Open European Championship, realizado na Alemanha, o grupo também garantiu o primeiro lugar.

O Champions Award é o nome dado ao prêmio concedido à equipe que, durante o torneio, saiu-se bem em todas as etapas. Para Mirian Fávaro, diretora do Instituto Aprender Fazendo, representante da First no Brasil, uma das principais metas da liga é fazer com que as ideias sejam compartilhadas com a comunidade e que surjam “potenciais investidores para tornar o projeto realidade”.

Os participantes deverão passar pelos seguintes desafios: Core Values, em que precisarão adotar os valores centrais do tema e compreender que o trabalho em equipe e o ganho mútuo são fundamentais para o início da competição; no Desafio do Robô serão desenvolvidos design, construção e programação do robô que desempenhará determinadas missões e deverá atender às regras para alcançar a pontuação determinada. Por fim, acontece o Projeto de Pesquisa, etapa em que serão coletadas informações científicas que servirão como base para o desenvolvimento da solução inovadora.

As inscrições do First Lego League estão abertas e expiram dez dias antes do evento, que acontece no início de dezembro.


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negócios de impacto social, prêmios, tecnologia

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