Tecnologia identifica dificuldade e mostra às famílias como o estudante aprende - PORVIR
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Coronavírus

Tecnologia identifica dificuldade e mostra às famílias como o estudante aprende

Com relatórios sobre o tempo empenhado para realizar atividades e o nível de acerto de estudantes, plataforma ajuda acompanhamento por parte das famílias e proposição de atividades mais direcionadas pelos professores

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por Maria Victória Oliveira ilustração relógio 9 de dezembro de 2020

A migração das aulas presenciais para o ambiente virtual em razão da pandemia de Covid-19 demandou um processo de adaptação que envolveu não apenas professores e estudantes, mas também toda a equipe pedagógica de escolas, redes de ensino e também as famílias. Na maioria das vezes, essa relação passou a ser mediada pela tecnologia.

Com os filhos estudando e aprendendo na sala de casa, pais, mães e responsáveis, muitos deles trabalhando no modelo home office, puderam participar mais do processo educacional, apoiando na resolução de eventuais problemas técnicos da tecnologia, no incentivo e motivação de seus filhos, bem como no empenho na realização das tarefas e atividades da escola. Não ter uma formação pedagógica adequada para fornecer esse apoio, entretanto, pode, em muitos casos, ser prejudicial para crianças e jovens.

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Existe a possibilidade, por exemplo, de a família exercer, mesmo que sem intenção, uma pressão desnecessária no processo de aprendizagem dos filhos, acelerando acontecimentos e conteúdos que seriam naturais ao longo da caminhada escolar. Controlar essa ansiedade não é tarefa fácil, e ao longo de 2020, foram muitas as conversas com a escola no sentido de balizar a educação remota.

Uma das ferramentas que pode ajudar nesse processo é a própria tecnologia. Diversas plataformas educacionais oferecem relatórios das atividades realizadas pelos estudantes, o que pode apoiar professores e pais a notar como cada estudante está progredindo. É o caso da Eduten Playground, solução finlandesa para apoiar crianças e jovens de 6 a 15 anos no desenvolvimento do raciocínio matemático.

Renato Mendes Mineiro, professor universitário e consultor da Eduten, explica que, no modelo de ensino tradicional da educação, sem qualquer uso de tecnologia, identificar com precisão os assuntos e conteúdos que os alunos não dominam ou têm mais dificuldade é uma tarefa mais desafiadora. “Muitas vezes, um aluno que tirou nota cinco e vai para a recuperação não precisa ver todo o conteúdo de novo, mas sim só algum assunto pontual. A Eduten, por exemplo, ajuda a fazer essa identificação.”

Os relatórios de aprendizagem
Combinando elementos de gamificação e inteligência artificial, a Eduten tem como proposta engajar estudantes em atividades de matemática e, com isso, melhorar os resultados de aprendizagem e facilitar o trabalho do professor, fornecendo relatórios de acompanhamento da evolução da turma e de cada estudante individualmente.

Uma das funcionalidades é, por exemplo, analisar quanto tempo os alunos permaneceram na plataforma e quanto tempo levaram para realizar cada atividade proposta. “Existe um gráfico que mostra o tempo de permanência e a pontuação de cada estudante. Enquanto a escola pode ver todos os alunos identificados, os responsáveis conseguem visualizar apenas o nome do seu filho. Um aluno que obteve pontuação baixa na plataforma pode ter ficado pouco tempo. Mas também é possível que um jovem que obteve pontuação boa tenha levado muito tempo para isso, mostrando que ele é empenhado mas tem dificuldade”, exemplifica.

São inúmeras as interpretações possíveis a partir dessa única tela: alunos que conseguiram boa pontuação em pouco tempo mostram ao professor que estão prontos para evoluir no nível de atividade. Outra funcionalidade é analisar cada questão de uma atividade, o que pode mostrar em quais subtemas ou conteúdos a turma tem mais dificuldade e precisa de revisões, direcionando melhor o trabalho do professor.

O papel das famílias
Para Renato, os relatórios fornecidos sobre como os alunos usam a plataforma, quanto tempo permanecem e sua pontuação podem ajudar as famílias a entender melhor qual é o ritmo de estudo de seus filhos, como eles organizam seu tempo dedicado às atividades da escola e, eventualmente, facilitar o contato com os professores.

“Uma frase comum por parte dos responsáveis é ‘eu não vejo você estudando’. Ao acessar a plataforma, o pai ou a mãe pode ver se isso é verdade ou não, de acordo com o tempo de permanência do aluno na ferramenta. Essas funcionalidades podem dar um panorama melhor para a família; é um jeito diferente de acompanhar a aprendizagem”, explica o professor.

Além disso, podem também servir para ajustar a cobrança em relação aos estudos dos filhos. Não faz sentido, por exemplo, exigir que crianças e jovens passem muitas horas estudando se, com menos tempo dedicado, já conseguem obter bons resultados e pontuações, avançando em seu processo de aprendizagem. “A Eduten também permite acompanhar quando os alunos entregam as atividades. Se vejo que meu filho está deixando tudo para o último dia, ao invés de fazer aos poucos, posso conversar com ele.”

A influência da quarentena
Mônica Galvão, coordenadora pedagógica de matemática da Escola Móbile período integral, comenta que, além do amplo acervo de atividades que a plataforma disponibiliza para escolha das equipes pedagógicas dos colégios e a flexibilidade em montar um currículo próprio, os relatórios de aprendizagem apoiam o acompanhamento por parte dos profissionais de educação e favorecem intervenções mais acertadas.

“No final de uma aula, já conseguimos ver, automaticamente, quais crianças precisam de apoio individual, quem precisa de desafios maiores e pode ir mais além.” A escola usou a plataforma em 2020 pela primeira vez, junto a estudantes dos segundos, quartos e sextos anos do ensino fundamental, e um relato comum a todos os anos e idades foi o aumento do interesse dos estudantes pela plataforma.

“A Eduten tem essa estrutura de jogo que é divertida. Os alunos veem sua pontuação e ficam empolgados em conseguir mais. Então, em algumas aulas, quando não conseguiam terminar a atividade no tempo, muitos pediam para continuar depois. Isso é o maior sinal para nós de que deu certo e eles estão envolvidos.”

A vivência da rotina de uma escola funcionando remotamente durante a quarentena demandou novas articulações com as famílias, conforme explica Mônica, uma vez que pais, mães e responsáveis enfrentaram diferentes tipos de dificuldade em apoiar o estudo de seus filhos em casa. “Recebemos pedidos de apoio desde ‘meu filho não para na frente do computador’, até ‘eu não aprendi matemática desse jeito, não sei como ajudar’. A figura da coordenadora por série sempre é importante, mas nesse período foi ainda mais para apoiar as famílias nesse sentido e manter uma comunicação constante.”

De acordo com a coordenadora, a plataforma pode ajudar na ansiedade das famílias em ajudar os filhos por fornecer os resultados automaticamente depois que a criança termina a atividade, mostrando como cada um está caminhando no processo de aprendizagem.

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personalização, plataformas adaptativas, tecnologia

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