Desinteresse e Abandono: Como engajar os estudantes adolescentes
Veja 14 medidas para engajar estudantes criadas por gestores educacionais, especialistas e adolescentes durante o Seminário Internacional – Desafios e Oportunidades para os Anos Finais do Ensino Fundamental
por Grupo de Trabalho Anos Finais 20 de outubro de 2017
1) Monitoramento: Criar estratégias para acompanhar mais de perto os níveis de frequência e desempenho dos estudantes, a fim de realizar intervenções ágeis e efetivas para prevenir o abandono e garantir a aprendizagem; criar comissão na escola para acompanhar os casos de infrequência dos alunos, acionando as famílias e o Conselho Tutelar quando preciso.
2) Suporte diferenciado: Oferecer atividades diferenciadas no contraturno para que alunos com dificuldades pessoais ou de aprendizado possam ser atendidos em suas especificidades.
3) Correção de fluxo: Mapear as características, as potencialidades e as causas das dificuldades de aprendizagem de cada aluno, bem como os motivos pelos quais eles pensam em desistir da escola e criar estratégias para assegurar a sua permanência e promover seu nivelamento ou sua correção de fluxo.
4) Desengajamento: Debater as causas da desmotivação dos adolescentes em relação à escola com estudantes e familiares e criar estratégias para engajá-los com o apoio de toda a comunidade escolar.
5) Aprendizagem significativa: Ampliar a compreensão dos alunos sobre a importância das aprendizagens adquiridas na escola para sua vida presente e futura; conectar a educação recebida na escola com a realidade, as necessidades, os interesses e os projetos de vida dos adolescentes.
6) Inovação e criatividade: Buscar, criar e fortalecer o uso de práticas pedagógicas ativas, inovadoras e criativas na escola, que surpreendam, promovam a descoberta, o encantamento e o desejo de aprender.
7) Cultura: Integrar educação e cultura, criando e fomentando atividades e projetos de artes e imersão cultural; promover a visita dos estudantes a outros espaços da cidade (museus, parques, ruas, centros culturais etc.); ampliar o repertório cultural dos adolescentes.
8) Educação integral: Incorporar uma concepção de educação que contemple as diversas dimensões dos estudantes (intelectual, física, social, emocional, cultural) e que promova o seu desenvolvimento integral; ampliar os tempos, agentes e espaços da aprendizagem em parceria com a comunidade local; fortalecer o programa Mais Educação, criando condições para a ampliação da jornada e a realização de atividades diversificadas na escola.
9) Valorização: Valorizar o potencial de estudantes em situação de vulnerabilidade, especialmente aqueles que possuem histórico de insucesso ou passam por dificuldades de autoestima e autoconfiança.
10) Rede de proteção: Fortalecer a articulação intersetorial entre as áreas da educação, saúde, assistência social, cultura, esporte e lazer, entre outras, na perspectiva de criar e fortalecer uma ampla rede de proteção aos adolescentes, que se corresponsabilize pela garantia de seus direitos, inclusive a sua permanência na escola.
11) Bolsas de estudo: Criar programas de bolsa de estudos para assegurar a permanência e o desempenho escolar de adolescentes em situação de maior vulnerabilidade.
12) Mundo do trabalho: Criar estratégias para apoiar adolescentes que precisam trabalhar, inclusive firmando parcerias com a promotoria pública para que sejam contratados como Jovens Aprendizes; envolver entidades privadas, muitas vezes empregadoras dos adolescentes, na discussão e na construção de soluções para questões que afetam a vida desses meninos e meninas, como, por exemplo, rever horários de trabalho, alimentação e transporte.
13) Envolvimento das famílias: Visitar e/ou interagir com as famílias de adolescentes com histórico de infrequência, desengajamento e/ou dificuldades de aprendizagem, para que estejam cientes e colaborem com a escola.
14) Reinserção: Criar estratégias para reinserir os estudantes que deixam de frequentar a escola; capacitar gestores para que não neguem matrícula a alunos em situação de distorção idade-ano; orientar dirigentes de educação e gestores escolares a buscarem soluções adequadas para os alunos em situação de atraso escolar antes de mandá-los diretamente para a Educação de Jovens e Adultos (EJA).