Em Harvard, os Moocs já fazem parte do passado
A moda agora são os Spocs, cursos on-line e gratuitos que visam melhorar o ensino on-line reduzindo o número de participantes
por Redação 1 de novembro de 2013
Nos últimos tempos, os Moocs foram um dos temas mais comentados no universo da educação. Plataformas como o Coursera e o edX já ofereceram, juntas, cursos – de universidades como Harvard, Berkeley, Columbia e Stanford –, para mais de 4 milhões de pessoas. E são esses mesmos números que apresentam o outro lado da moeda: o lado frágil. O que fazer com esses milhões de pessoas famintas por conhecimento? Como avaliar o aprendizado de todas elas?
Em resposta a essas perguntas, acadêmicos de Harvard afirmam que esse modelo já faz parte do passado e que já vivemos a era pós-Mooc. Segundo eles, a moda de agora serão os Spocs (Small Private Online Courses), cursos on-line e gratuitos que, diferentemente dos Moocs, devem ser destinados para públicos pequenos, de no máximo dezenas ou centenas de participantes, o que significa um processo mais qualificado de avaliações e a capacidade de desenvolver uma experiência mais personalizada. E olhando mais para frente, com números menores, a discussão sobre custos e créditos levantada pelos Moocs, fica mais próxima.
A própria Universidade de Harvard, a Universidade da Califórnia, a Universidade de Berkeley e o MIT (Massachusetts Institute of Technology) serão as primeiras instituições a experimentar esse modelo mais exclusivo de curso on-line. O primeiro a ser oferecido é o de estratégia de segurança nacional, que vai começar na Harvard’s Kennedy School of Government – em modelo presencial – e terá sua versão Spoc para 500 participantes no HarvardX.
A versão on-line não vai oferecer crédito acadêmico formal, mas mesmo assim exigirá dos participantes um tempo mínimo de 8 horas por semana na plataforma e o conhecimento para responder questões sobre o programa nuclear no Irã, a guerra-civil na Síria e as publicações do WikiLeaks. “O que está ficando muito claro é que o engajamento que você consegue com um grupo muito grande, com vários tipos de prioridades, pode ser radicalmente diferente daquele que você consegue num grupo menor e mais focado”, disse Robert Lue, presidente do comitê de experimentos on-line de Harvard, em entrevista à BBC.
“Quanto menor o tamanho da classe, muito mais rigorosas podem ser as avaliações e as validações de identidade, intimamente ligadas ao tipo de certificação que os cursos podem vir a oferecer”, explicou.
Segundo ele, a função dos Spocs é fazer com que a aprendizagem on-line se mova para além da replicação dos cursos presenciais para produzir algo que seja, de fato, mais flexível, eficaz, sem que se perca a qualidade do aprendizado. Lue afirma ainda que os Moocs representam apenas a primeira versão daquilo que podemos fazer com a educação on-line e que ela já está ultrapassada. “As instituições que continuam sentadas, assistindo, vão ter problemas. Podemos imaginar uma grande instituição onde não há muita diferença entre o on-line e o presencial. Você seria um tolo se não percebesse que há um problema em continuar parado”, disse.
O aprendizado personalizado por meio de tecnologias da informação e comunicação.
Os espaços acadêmicos estão cada vez mais “fractalizados” e contínuos.
As instituições de ensino que já iniciaram as releituras dos seus ambientes educacionais nessas direções serão as escolhas dos alunos que nasceram com as redes sociais, Internet, computação em nuvem e comunicações móveis.
Acho que o post do professor João Mattar esclarece bastante a respeito de Spocs e Moocs, sendo uma ótima contribuição para esta matéria.
http://joaomattar.com/blog/2013/11/03/os-moocs-ja-eram-o-negocio-agora-sao-os-spocs/
São as grandes universidades inovando com foco na aprendizagem.
Para uma pedagogia emancipatória, onde o objetivo de formação é a autonomia, a criatividade e a capacidade de inovação do indivíduo capaz de transformar a realidade os MOOCs não atendem as especificidades de formação. O movimento interdisciplinar, multidisciplinar e transdisciplinar, cada dia mais necessário à nova natureza do conhecimento constituem modelos de pensar e agir frente a problemas complexos, estruturantes e emergentes, na contemporaneidade. Não podem ser tratados massivamente. Os Spocs podem ser uma boa saída para tal necessidade de formação.
Penso que o modelo MOOCs nunca teve a função de “formar” o indivíduo e sim apenas de despertar e ou iniciá-lo em uma determinado ramo de conhecimento. Afirmar que MOOCs faz parte do passado creio que não seja bem assim, ao menos nesta data, ainda existem muitos cursos oferecidos pela HarvardX em https://courses.edx.org. Resumindo MOOCs = Povão, Spocs = Elite.
Certas leituras necessitam ser traduzidas ao pé da letra. À parte os distúrbios visuais, atentemo-nos às possibilidades e aplicações de ambos os modelos.
Essa discussão e tomadas de posições ou posição não são recentes no Brasil. Vêm da época em que no Brasil era Presidente o General Médici e Ministro da Educação Jarbas Passarinho. Pois bem, na Inglaterra já estava em prática a chamada “Universidade Aberta”, a antecipação do atual EaD, e não era bem vista pela alta cúpula, principalmente por Golbery. À época eu terminava Pedagogia na USP. Um dos meus mestres, Prof. Catedrático em Filosofia da Eucação, se colocava abertamente contra, de maeira um tano precoceituosa, a ponto de não medir as palavras quando afirmava que: “Atualmente UAB no Brasil significa educação com 3Ms: Mobral, Madureza e Mogi”… Quando fiz estágio no setor de RH de uma determinada grande empresa em Osasco, o psicólogo responsável pelas seleções era taxativo: a politica da empresa era a de valorizar as “cabeças bem formadas” para altos postos e Mobral mais para os postos braçais… Em conversas recentes com alguns destes selecionadores de funcionários ou empregados, EaD ainda tem, embora relativamente, a conotação de Mobral…
Boa tarde , Gostaria de saber quem escreveu essa matéria , não consegui localizar, se alguém puder passar as fontes. Agradeço.
Grato.
Donizete
Para uma pedagogia emancipatória, onde o objetivo de formação é a autonomia, a criatividade e a capacidade de inovação do indivíduo capaz de transformar a realidade os MOOCs não atendem as especificidades de formação. O movimento interdisciplinar, multidisciplinar e transdisciplinar, cada dia mais necessário à nova natureza do conhecimento constituem modelos de pensar e agir frente a problemas complexos, estruturantes e emergentes, na contemporaneidade. Não podem ser tratados massivamente. Os Spocs podem ser uma boa saída para tal necessidade de formação.
São as grandes universidades inovando com foco na aprendizagem.
Boa tarde , Gostaria de saber quem escreveu essa matéria , não consegui localizar, se alguém puder passar as fontes. Agradeço.
Grato.
Donizete