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Inovações em Educação

Sesi-SP cria faculdade para formar professores por área de conhecimento

A instituição recém-criada vai integrar diferentes disciplinas da educação básica e aproximar os futuros profissionais da sala de aula

por Marina Lopes ilustração relógio 26 de agosto de 2016

A recém-criada Faculdade Sesi de Educação, localizada na Vila Leopoldina, em São Paulo (SP), aposta em uma nova proposta para formar professores. Com licenciaturas organizadas por área de conhecimento, a instituição quer preparar os futuros profissionais para trabalharem conteúdos de diferentes disciplinas de forma integrada e, desde o início do curso, estarem conectados com a realidade da sala de aula.

Na faculdade serão oferecidos cursos de licenciatura em Linguagens, Ciências Humanas, Ciências da Natureza e Matemática, além de pós-graduação e extensão. O novo modelo de formação busca ser uma alternativa para um dos grandes desafios educacionais do país: a falta de profissionais com licenciatura adequada na educação básica. De acordo com dados do Censo Escolar 2015, quase 40% dos professores brasileiros que atuam na rede pública não são formados nas disciplinas em que lecionam.

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Ao optar pela formação de professores por área de conhecimento, a Faculdade Sesi de Educação pretende estimular que os futuros educadores tenham uma visão mais abrangente dos conteúdos e consigam estabelecer relações interdisciplinares na sala de aula. “Hoje, os profissionais da educação são formados por disciplinas. Poucos deles têm uma visão que ultrapassa os limites da sua própria disciplina. Mas o mundo, a vida e o conhecimento não são disciplinares”, avalia Cesar Callegari, diretor da instituição.

O mundo, a vida e o conhecimento não são disciplinares

Membro do Conselho Nacional de Educação, Callegari também diz acreditar que as licenciaturas organizadas por área de conhecimento podem ajudar a dialogar com a proposta da Base Nacional Comum Curricular. Embora trate especificamente de cada uma das disciplinas, o texto do documento, que está em fase de construção, demonstra uma preocupação clara com as relações estabelecidas entre os conteúdos. “Nosso professor terá uma visão completa da área, não só de matérias específicas”, defende Callegari.

A instituição também pretende investir na aproximação entre teoria e prática. Desde o início das aulas, os futuros professores terão contato com a sala de aula por meio da Residência Educacional, onde desenvolverão atividades no período diurno para aperfeiçoar a prática docente. “Assim como médicos precisam ter vivência em hospitais, nós achamos que professores em formação também precisam ter vivência nas escolas”, exemplifica.

A matriz curricular do curso prevê que os alunos completem cinco horas semanais de atividades nas escolas. No entanto, ao optar pela Residência Educacional Ampliada, de 20 horas semanais, eles são isentos de pagar as mensalidades do curso, no valor de R$ 990. Quem concluir a licenciatura também tem a opção de ingressar automaticamente como professor na rede do Sesi.

Para que os profissionais também estejam mais alinhados com a realidade de crianças e adolescentes do século 21, os cursos terão disciplinas voltadas para o uso de novas tecnologias da informação e comunicação, além de fundamentos e aplicações da educação online.

As primeiras turmas dos cursos de licenciatura terão início no primeiro semestre de 2017. O processo seletivo será aberto na próxima semana, de 1 setembro a 26 de outubro, e a prova de seleção acontecerá no dia 20 de novembro.

 


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base nacional comum curricular, ensino superior, formação inicial

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