Campanha discute qualidade da conexão nas escolas - PORVIR
Thomas Jensen / Unsplash

Inovações em Educação

Campanha discute qualidade da conexão nas escolas

Campanha Nossas Escolas Conectadas 2021, promovida pela Fundação Lemann, NIC.br e Sincroniza Educação, incentiva o uso de medidor SIMET

por Ruam Oliveira ilustração relógio 8 de junho de 2021

Qual a qualidade da internet nas escolas brasileiras? Realizar esse teste de conectividade é o objetivo central da campanha “Nossas Escolas Conectadas 2021”, que incentiva escolas a utilizarem o Medidor SIMET para fazer a verificação. A ferramenta gratuita, desenvolvida pelo NIC.br, monitora a qualidade da conexão de Internet e permite o acompanhamento em tempo real das métricas de banda larga fixa nas escolas públicas do país.

Os dados obtidos ficarão públicos e disponíveis no Mapa Nacional da Conectividade para quem desejar acessar a plataforma. Essa é uma medida que pode auxiliar gestores a entenderem, por meio de dados qualificados, a situação de sua escola em relação ao restante da rede, e assim traçar estratégias.

A campanha também propõe que as redes de ensino organizem o “Dia C” – o Dia da Conectividade -, momento para fazerem a instalação do Medidor nas escolas. Caso desejem, a Fundação Lemann, o NIC.br e a Sincroniza Educação oferecem apoio para essa ação.

O Censo de 2020 aponta que 75% das escolas possuem conexão à internet, porém a velocidade que chega nas escolas é de apenas 17 Megabits por segundo, o que é considerado insuficiente quando se trata do ensino híbrido. Principalmente, quando muitos estudantes precisam acessar a rede ao mesmo tempo.

De acordo com as instituições promotoras da campanha, o  Medidor é considerado um dos melhores instrumentos a nível internacional para identificar em quais unidades de ensino alunos e professores ainda necessitam de acesso à internet de qualidade.

Acesse ao Medidor SIMET

Porvir e Conectividade

A importância da tecnologia na escola está presente no Porvir desde sempre – e muito antes da pandemia. Com o Guia Tecnologia na Educação, sistematizamos conceitos relacionados à prática e à infraestrutura de escolas e redes para o uso pedagógico de ferramentas digitais que beneficiam a aprendizagem.

Publicado em 2015, o guia traz diversas recomendações que ainda hoje são valiosas para gestores e educadores em meio às transformações provocadas pela pandemia de covid-19. Desde aquele momento, era clara a necessidade de redes públicas de ensino terem internet de qualidade, não apenas superando os 2 Mbps, mas fazendo com que a conexão chegasse aos alunos, em laboratórios e em sala de aula.

O momento cobra que as lideranças educacionais consigam encontrar maneiras para superar as dificuldades de acesso à internet e dispositivos, tenham uma visão clara de seus objetivos para o uso de tecnologia, e ofereçam ciclos contínuos de formações aos mais diversos níveis de sua estrutura. E tudo isso em um curto espaço de tempo. Sem conectividade adequada para as aulas remotas, professores sentem-se pressionados e alunos não conseguem ter um nível de participação e de aprendizagem adequados, como mostraram reportagens do Porvir dentro da cobertura Educação em Tempos de Coronavírus, que já soma mais de 180 conteúdos desde março de 2020.

Leia também
Aliar aulas síncronas e assíncronas depende de avaliação da conectividade
Setor de educação está exposto a ataques digitais, mas investe pouco em cibersegurança
Futuros possíveis na educação pós-pandemia

 


Cadastre-se para receber notificações
Tipo de notificação
guest

0 Comentários
Comentários dentro do conteúdo
Ver todos comentários
Canal do Porvir no WhatsApp: notícias sobre educação e inovação sempre ao seu alcanceInscreva-se
0
É a sua vez de comentar!x