Como ajudar seus alunos a identificar fontes confiáveis de informação - PORVIR
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Coronavírus

Como ajudar seus alunos a identificar fontes confiáveis de informação

Confira dicas de estratégias e recursos que podem ser trabalhados em todas as disciplinas, tanto nas aulas presenciais quanto nas atividades remotas

Parceria com EducaMídia

por Marina Lopes ilustração relógio 19 de maio de 2020

Diante da abundância de informações disponíveis na internet, crianças e adolescentes podem encontrar com facilidade notícias, opiniões, fotos, vídeos, gráficos e memes sobre qualquer assunto. Se isso já era uma realidade na sala de aula, com o início das aulas remotas ficou ainda mais simples ter acesso a qualquer conteúdo com apenas um clique. No entanto, ao mesmo tempo em que essa facilidade abre caminho para práticas pedagógicas mais conectadas com os interesses dos alunos, ela traz um novo desafio para os educadores: como saber se uma informação é confiável? Crer ou não crer, eis a questão.

Entre uma informação verdadeira e falsa podem existir muitas camadas. Quem disse isso? Como avaliar a confiabilidade de uma fonte? Em qual contexto essa informação foi apresentada? Pensando nisso, o Porvir reuniu algumas dicas para ajudar professores de todas as disciplinas a trabalharem com a verificação e a seleção de fontes confiáveis durante as suas aulas. As estratégias e os recursos foram selecionados a partir de materiais produzidos pelo EducaMídia, programa do Instituto Palavra Aberta criado para capacitar professores e engajar a sociedade no processo de educação midiática. Confira:

1)  Pesquise diferentes informações relacionadas ao tema da sua aula
Se você vai dar uma aula sobre vacinas, por que não trazer para a aula notícias de diferentes veículos de comunicação, diferentes pontos de vista ou até mesmo memes que tratam sobre o assunto? Seja para analisar gráficos na aula de matemática ou até mesmo trabalhar um período histórico importante com a turma, todas as disciplinas permitem fazer conexões com diferentes tipos de informação, incluindo reportagens, artigos, vídeos, fotos ou publicações que ganharam destaque nas redes sociais.

Baseado no tema da sua aula, tente selecionar alguns conteúdos ou peça para os alunos fazerem uma pesquisa prévia. Os resultados podem ser reunidos em diferentes locais, que podem incluir desde a criação de uma pasta na nuvem (Google Drive, OneDrive, Dropbox ou similares) até construção de um mural no Padlet (confira aqui um exemplo sobre coronavírus).

2)  Oriente os alunos sobre como fazer pesquisas na internet
Fazer pesquisas na internet pode não ser tão fácil quanto parece. Oriente a turma sobre como tomar as devidas precauções e identificar quais são os conteúdos mais confiáveis. Ressalte, por exemplo, que os primeiros resultados podem ser publicidade. Neste link você pode ter acesso a outras dicas para otimizar as pesquisas dos seus alunos.

3) Selecione conteúdos de diferentes fontes conforme o objetivo da sua aula
Após fazer uma breve pesquisa, selecione quais são as informações mais adequadas para a sua aula. Para fazer essa escolha, pense em quais formatos você gostaria de trabalhar e quais habilidades você gostaria de desenvolver nos seus alunos. Os vídeos serão mais úteis para atingir o seu objetivo? Você acha que notícias e textos opinativos podem ser mais adequados? Os memes podem ser interessantes para abordar esse tema? Enfim, explore diferentes possibilidades.

4) Analise e questione as informações escolhidas
Onde essa afirmação foi encontrada? Quem foi que disse isso? Com que intenção? Faça algumas dessas perguntas aos seus alunos para incentivar que eles reflitam sobre as informações que foram apresentadas. Aproveite o momento para trabalhar com eles o que são fontes primárias, secundárias e terciárias. Você pode encontrar mais orientações neste plano de aula.

5) Reflita com os alunos sobre a confiabilidade das fontes
Para aprofundar os conceitos de fontes e refletir sobre confiabilidade, utilize a metodologia do professor Mike Caulfield que é chamada SWIFT. Ela sugere quatro “movimentos” para ajudar na escolha de fontes confiáveis: “Pause”, “Investigue a fonte”, “Busque informações melhores” e “Conheça o contexto”. Saiba mais sobre esse processo com o material preparado pelo EducaMídia.

6) Explore outras conexões
A partir dessa discussão, você também pode trabalhar com os alunos outros tópicos, como a leitura reflexiva de imagens, o universo da informação, o uso da Wikipédia e diferentes ângulos de uma história. Aproveite o envolvimento da turma para estabelecer conexões entre os conteúdos da sua disciplina e o mundo real.

7) Compartilhe a sua aula com o Porvir e o EducaMídia

Se você utilizar essas dicas para desenvolver alguma atividade de educação midiática durante as aulas remotas, compartilhe a experiência com a gente. A sua prática pode ser publicada no Diário de Inovações para inspirar outros professores brasileiros. Envie o seu relato aqui.

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TAGS

coronavírus, educação midiática, tecnologia

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