Como escolas podem crescer mesmo com cenário de crédito difícil - PORVIR

Inovações em Educação

Como escolas podem crescer mesmo com cenário de crédito difícil

Com planejamento e apoio de soluções financeiras, é possível evitar falta de recursos para compromissos urgentes, como reformas e investimentos

Parceria com isaac

por Vinícius de Oliveira ilustração relógio 3 de julho de 2023

Na busca pela diferenciação em relação à concorrência, a gestão de escolas privadas enfrenta um cenário desafiador para investir em infraestrutura, novos programas de ensino ou formação de professores. Em 2023, o custo para obter financiamento e concretizar essas ideias ainda é alto. Além disso, a dificuldade dos bancos em compreender as dinâmicas da educação contribui para a vulnerabilidade financeira.

A circulação do dinheiro diminuiu e aqueles que o possuem temem o risco de não obter retorno. Uma evidência da redução na quantidade de dinheiro em circulação no mercado educacional pode ser observada pela menor disposição para fusões e aquisições. De acordo com uma pesquisa da consultoria KPMG, divulgada no início de junho, o Brasil registrou apenas sete fusões e aquisições de empresas de educação no primeiro trimestre de 2023, representando uma queda de 63% em comparação com o mesmo período de 2022, quando foram realizadas 19 transações.

Com menos recursos disponíveis para grandes ações, os mantenedores precisam dedicar cada vez mais atenção ao que acontece dentro das escolas. “As incertezas financeiras, agravadas pelos desafios econômicos decorrentes da pandemia, impactaram diretamente as famílias que procuram os serviços oferecidos pelas escolas particulares em todo o Brasil”, afirma Pedro Neto, responsável pelas relações institucionais no isaac, plataforma de soluções financeiras para escolas.

Assim, cabe à gestão escolar fazer sua parte para garantir a saúde financeira da instituição e trazer segurança para o período de matrículas que se aproxima. “Por um lado, essa atitude evita a falta de recursos para cumprir compromissos mensais ou atrasar reformas e investimentos, e por outro, assegura a viabilidade dos pais renegociarem suas dívidas junto às escolas com maior flexibilidade”, explica Pedro.

Esse processo de olhar para dentro, fazer um diagnóstico do que pode ser um diferencial para impulsionar o crescimento da escola, envolve necessariamente diferentes habilidades e competências por parte da gestão. “A sustentabilidade de um projeto pedagógico de sucesso depende de investimentos constantes em formação de professores, soluções didáticas de qualidade e infraestrutura de ponta. Para isso, é necessário que a escola tenha recursos financeiros disponíveis para realizar os investimentos no momento adequado”, complementa o representante do isaac.

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Investimentos diferenciados para cada segmento

Ao avaliar o cenário das escolas e suas diferentes características e propostas, Iron Müller, diretor do SINEPE/RS (Sindicato dos Estabelecimentos Particulares de Ensino do Rio Grande do Sul) e consultor empresarial, destaca que as escolas internacionais e as premium possuem uma realidade mais favorável em termos de diversidade de fontes de financiamento. “Para escolas que fazem parte de redes internacionais e possuem capital aberto, há mais opções disponíveis”, afirma.

Ele também menciona que as escolas de segmento premium têm maior facilidade para captar recursos, apesar de estarem mais ligadas à realidade econômica. “Geralmente, elas estão capitalizadas e possuem financiamento próprio, assim como as escolas pertencentes a redes confessionais, que têm a sua mantenedora como fonte de financiamento”, explica.

No entanto, o alerta surge quando se observa o cenário das escolas tradicionais, ligadas a redes menores ou com apenas uma unidade. “Elas precisam recorrer ao mercado através da antecipação de recebíveis”, descreve, lembrando que a taxa Selic (taxa básica de juros da economia) encontra-se em um patamar elevado atualmente. Em junho de 2023, por exemplo, a Selic se manteve em 13,75% ao ano.

A matemática, por si só, está longe de ser simples e o momento gera uma pressão extra durante o período de matrículas e no planejamento do que fazer durante as férias, aponta Pedro Neto. “Enquanto as parcelas da anuidade escolar são pagas mensalmente pelos responsáveis legais dos alunos ao longo do ano letivo, realizar uma reforma durante o período de férias escolares ou adquirir o material didático antes do início do ano letivo demanda um investimento concentrado em um curto espaço de tempo. Isso só se torna viável por meio da oferta de crédito”, ressalta.

Proposta para retomar o crescimento

Segundo o executivo do isaac, as instituições financeiras tradicionais enfrentam dificuldades em compreender as dinâmicas próprias da educação privada e oferecer alternativas às famílias para atendimento e negociação de dívidas. “Foi necessário o surgimento de soluções financeiras fornecidas por fintechs (abreviação para financial technology, tecnologia financeira em português), para viabilizar o acesso a crédito e a outros produtos que garantam a saúde financeira das escolas.”

Foi dessa forma que Ronaldo dos Santos Batista, mantenedor do Centro Educacional Batista Sobrinho, em Belford Roxo (RJ), superou as dificuldades para obter empréstimos visando a realização de reformas e melhorias em sua instituição. Com o apoio do isaac, a escola obteve crédito para a compra de painéis solares. “Essa decisão foi tomada devido aos altos valores da conta de energia. Hoje, ela está zerada”, afirma o gestor, que agora já consegue pensar em expandir a escola.

Com essa mesma proposta de retomar o crescimento, Rosangela Maia, mantenedora do Interactivo Colégio Negócio, em Seropédica (RJ), investiu na melhoria da infraestrutura da escola. “A rampa de acesso à quadra e ao pátio (com uma altura equivalente a dois andares) era uma exigência da Secretaria Estadual de Educação. Adiamos essa reforma por falta de recursos”, conta.

“Ao retornarmos da Bett Brasil 2023 com novas parcerias, percebemos que não poderíamos adiar mais, pois um crescimento nos aguarda em 2024. Recorremos ao isaac e eles prontamente estudaram a viabilidade. A resposta, o contrato e o crédito não demoraram mais do que 10 dias”. Com resultados imediatos, a diretora se diz confiante em atrair mais matrículas e voltar a focar no aspecto pedagógico.

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finanças, gestão escolar

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