Concurso reconhece uso de tecnologia por governos
Prêmio Governarte busca identificar e divulgar iniciativas que usem tecnologia para melhorar problemas urbanos ou aumentar a inclusão social
por Maria Victória Oliveira 30 de outubro de 2015
A terceira edição do concurso “Governarte: A Arte do Bom Governo” chega a sua terceira edição em 2015 com o objetivo de identificar, documentar, disseminar e incentivar experiências inovadoras em diferentes áreas de gestão pública, como por exemplo a educação. Municípios de todos os países da América Latina e Caribe podem se inscrever até o dia 2 de novembro. O BID (Banco Interamericano de Desenvolvimento) aceita inscrições de práticas em duas categorias: cidades e big data ou cidades e registros de pessoas. Apesar das propostas precisarem ser inscritas pelo município responsável, serão aceitas parcerias com governos de nível nacional ou estadual, com empresas privadas ou instituições de ensino.
Critérios
Na América Latina e no Caribe, quatro em cada cinco habitantes vivem na cidade, fazendo dessa região em desenvolvimento a mais urbanizada no planeta. Isso significa que o planejamento urbano deve ser maior e mais eficaz para conseguir abrigar e garantir os direitos de um volume tão grande de pessoas. Assim, o uso de tecnologia e de big data – os chamados “grandes dados” – ajudam a administração pública a colocar em prática iniciativas que usam essas informações e fazem novas análises, buscando possíveis padrões e correlações. Dentro dessa categoria, as iniciativas inscritas serão avaliadas em seis quesitos: impacto, sustentabilidade, qualidade do projeto, participação intersetorial e dos cidadãos, replicabilidade e inovação.
Os quesitos impacto e inovação são os de maior peso, cada um com 30% da avaliação. No primeiro, a iniciativa deve responder se ajudou na geração, coleta, análise e utilização de dados de massa que contribuam na transparência da administração local, além de promover a participação dos cidadãos. Já em inovação, a iniciativa deve trazer novos enfoques, conceitos, práticas e ferramentas aplicadas à coleta, processamento, análise e interpretação desses dados.
Já na categoria cidades e registros de pessoas, poderão ser inscritas as iniciativas que tenham contribuído na redução do déficit de identificação de crianças, populações indígenas, afrodescendentes e outros grupos vulneráveis, além de elaborar estratégias que conectem esses registros a outros serviços, como educação e saúde.
Premiação
No final do concurso, serão selecionadas quatro iniciativas, duas de cada categoria. O júri será dividido em dois grupos, um para cada categoria, e irá avaliar as candidaturas. Os resultados serão divulgados no dia 7 de dezembro e a premiação acontecerá em Washington, nos Estados Unidos, no primeiro trimestre de 2016.
Apesar de não receberem prêmios em dinheiro, os municípios serão reconhecidos e suas iniciativas serão amplamente divulgadas como uma forma de reconhecimento pela contribuição do uso de dados em massa nos governos da América Latina e Caribe.
Aos interessados, as inscrições são gratuitas e vão até o dia 2 de novembro, por esse site. Para realizar a candidatura, as iniciativas devem ser posteriores a 1º de janeiro de 2012 e ter resultados comprovados, além de uma declaração simples da participação do governo municipal.