Desenvolvimento Infantil: Propostas para Formação de Agentes
por Redação 4 de outubro de 2012
Uma das preocupações levantadas na segunda edição da Série de Diálogos O Futuro se Aprende sobre Desenvolvimento Infantil diz respeito à formação de agentes. Abaixo você confere a opinião do Secretário Ricardo Paes de Barros e as propostas dos participantes sobre o tema.
O que disse o Secretário:
“Na educação, na saúde, na assistência social, é preciso muita mão de obra qualificada e motivada.”
“Se a indústria precisa cada vez menos de gente, na área social, o robô não resolve.”
Propostas dos Participantes:
“Investir na formação das famílias, oferecendo-lhes espaços diferenciados de atendimento à infância. Investimento maciço na formação de educadores que trabalham diretamente com famílias e crianças, porque esses profissionais também têm uma representação a respeito da infância muito ligada ao senso comum, de que a criança aprende só com cinco anos, que a criança não sabe nada. Tentar criar uma cultura de formação para que os adultos saibam trabalhar com essas crianças e melhorem a vida delas.”
Gisela Wajskop
Instituto Singularidades
“É preciso qualificar os profissionais dos serviços públicos que atuam com crianças. Temos atuado basicamente com os profissionais da educação, mas percebemos que a questão da intersetorialidade é chave. As universidades precisam formar esse profissional para dar conta daquelas crianças reais, que vão estar na frente dele.”
Silvia Zanotti
United Way Brasil
“Utilização do coaching para apoiar o desenvolvimento de diretores de escola pública, junto com outros mecanismos de valorização dos profissionais que apoiem o seu desenvolvimento e lhes deem autonomia para decisão. Um modelo de desenvolvimento de gestores públicos que sirva para unidades de saúde, de assistência social e também para qualquer instituição de ensino.”
Antonio Carlos Carneiro
Instituto Alana
“A gente tem visto a precariedade da formação que o professor vem recebendo e o quanto ele está precisando refletir mais sobre suas práticas. Uma das nossas preocupações tem sido uma divisão do 0 a 3 anos, do 4 e 5 anos. Algumas universidades públicas, inclusive aqui no estado de São Paulo, não estão olhando para a formação da criança de 0 a 3 anos. Com a obrigatoriedade [das crianças] de 4 e 5 anos [estarem na escola], há uma tendência da escolarização, de manter a criança sempre no preparo para o ensino fundamental. Isso traz uma visão de criança que não condiz com as diretrizes curriculares porque é uma visão de produção, de que o aprendizado se dá pelo papel e não pelas relações, interações e experiências.”
Maria Lúcia Medeiros
CENPEC
Confira o vídeo completo com as propostas dos participantes: