Nova versão da Escola Digital amplia interação com o usuário
Além de simplificar a busca por objetos digitais, a plataforma passa a contar com grupos de discussão, planos de aula e curso online sobre tecnologia na educação
por Marina Lopes 18 de agosto de 2016
A plataforma Escola Digital, que reúne mais de 18 mil objetos digitais de aprendizagem, ganha uma nova versão nesta quinta-feira (18). Além do visual repaginado, agora ela passa a contar com ferramentas que facilitam a interação entre os usuários e a busca por conteúdos de diferentes disciplinas, etapas de ensino e tipos de mídia.
Para marcar a chegada da plataforma à nova fase, foi realizada uma oficina sobre produção de conteúdos digitais na Escola Estadual Caetano de Campos, em São Paulo (SP), na terceira edição da Virada Educação. Criada em 2013, por meio de uma parceria entre o Instituto Inspirare, o Instituto Natura e a Fundação Telefônica Vivo, a Escola Digital funciona como uma ferramenta de busca, online e gratuita, que apoia a aprendizagem dentro e fora da escola.
“A Escola Digital é construída de forma colaborativa por um conjunto cada vez maior de secretarias de educação, que participam da curadoria de objetos de aprendizagem, propõem melhorias e potencializam o uso por suas redes. Com a nova plataforma, a possibilidade de colaboração estende-se a todos os usuários, especialmente professores e alunos, que poderão produzir e compartilhar listas de recursos preferidos, práticas pedagógicas, avaliações sobre os materiais disponibilizados, entre outros”, explica Anna Penido, diretora do Instituto Inspirare.
A partir de análises da experiência do usuário e de atividades de design thinking, a elaboração da nova versão envolveu alunos, professores e gestores, que foram entrevistados e participaram de grupos focais para ajudar a aprimorar o site. “A experiência do usuário é um elemento muito relevante quando falamos em plataformas educacionais. É importante que educadores e estudantes consigam, de fato, encontrar o que desejam na Escola Digital e sintam que ela está sendo útil no processo de ensino e de aprendizagem”, diz o diretor-presidente da Fundação Telefônica Vivo, Américo Mattar.
Entre as novas funções, estão ferramentas que permitem marcar conteúdos favoritos, avaliar os recursos utilizados, participar de grupos de discussão e elaborar listas temáticas. “A plataforma tem permitido que as aulas se tornem muito mais atraentes e engajadoras para os alunos. O professor que tinha pouco conhecimento sobre como inserir a tecnologia a favor da aprendizagem encontra muito suporte didático para fazer isso”, avalia Maria Slemenson, gerente de Projetos do Instituto Natura.
Para apoiar educadores, também foram incluídos planos de aula sobre diversos temas. O curso online sobre uso de tecnologia na educação também passa a ter certificado reconhecido pelo MEC (Ministério da Educação), com duração total 40 horas.
Ao trazer aplicações didáticas para os recursos apresentados na plataforma, que já foi adotada por 14 secretarias estaduais e 11 secretarias municipais de educação, Maria menciona que os ganhos podem ser percebidos por todos os lados. “Os professores são mais bem preparados para o uso da tecnologia, e os meninos ficam mais engajados, motivados e interessados com as aulas”, aponta.
Assim como nas versões anteriores, a plataforma continua disponível para ser customizada por redes municipais e estaduais de educação que desejam integrar os objetos digitais ao seu currículo.