O Futuro se Equilibra #004 - Quando falta o absorvente - PORVIR
Ruam Oliveira

Podcast O Futuro se Equilibra

O Futuro se Equilibra #004 – Quando falta o absorvente

O quarto episódio de O Futuro se Equilibra traz uma reflexão sobre pobreza menstrual e os impactos dessa realidade na vida de pessoas que menstruam

por Redação ilustração relógio 22 de dezembro de 2021

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Quando falta o absorvente, há um problema considerável para pessoas que menstruam. Mas quando se trata de pobreza menstrual o assunto é complexo e envolve muito mais do que produtos de higiene. Envolve também acesso a água, a saneamento básico e também à informação. No quarto episódio de O Futuro se Equilibra ouvimos a história da Evelly, de 18 anos, e como a pobreza menstrual afetou sua vida escolar. Participa deste episódio Rayanne França, oficial do Programa de cidadania dos adolescentes do UNICEF no Brasil.

Links Úteis
Pobreza Menstrual no Brasil – Desigualdades e Violações de Direitos

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[início]

[Rayanne França]
A pobreza menstrual é aquilo que a gente chama de pobreza multidimensional, porque ela tem vários fatores, e esses fatores a gente está falando desde o acesso à informação, mas também à condição de políticas públicas e não somente a falta do insumo, que seria o pacote de absorvente ou coletor ou qualquer outro insumo que a gente possa utilizar para durante o período da menstruação.

[música de fundo]

[Tatiana Klix]
É recorrente o total desconhecimento do assunto ou, quando existe algum conhecimento, há a percepção de que este é um problema distante da realidade brasileira. Imagina-se que a pobreza menstrual atinja apenas países que, no senso comum, seriam muito pobres ou mais díspares em termos de desigualdade de gênero que o Brasil.

É isso que diz o relatório  Pobreza Menstrual no Brasil – desigualdades e violações de direitos, publicado pelo Fundo de Populações das Nações Unidas (UNFPA) e pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) em maio de 2021.

Mas na verdade, a pobreza menstrual é uma realidade muito mais comum do que gostaríamos. O texto do relatório ainda aponta que não falar sobre o assunto é uma forma de demonstrar e perpetuar preconceitos no dia a dia.

O Futuro se Equilibra de hoje vai apresentar a história da Evelly Santos, de 18 anos, que conviveu com a pobreza menstrual desde muito nova. A gente espera que, ao final dessa conversa, você tenha mais informações sobre o tema e possa contribuir para que os preconceitos deixem de existir.

O Futuro se Equilibra é uma produção do Porvir, a principal plataforma de conteúdos e mobilização sobre inovação em educação do Brasil,  com o apoio do Instituto Unibanco, que ajuda na melhoria da qualidade do ensino público no Brasil.

Eu sou a Tatiana Klix, e te convido a vir comigo refletir sobre pobreza menstrual.

[música de fundo]

[Tatiana Klix]
Quando eu era criança, lembro de um comercial de absorvente que dizia “Incomodada ficava sua avó”. Falava de um tipo de absorvente interno, que minha avó não teve acesso. Hoje, embora existam vários tipos de absorventes e coletores, precisamos ficar incomodados e incomodadas porque ainda existem muitas meninas e mulheres que não têm acesso adequado a esse item básico de higiene.

São pessoas que menstruam e precisam usar pedaços de tecido, papelão, sabugos de milho e outros materiais desumanizantes.

Para compreender melhor essa situação, conversamos com a Rayanne França, oficial do Programa de cidadania dos adolescentes do UNICEF no Brasil. Mas, antes disso, vamos ouvir a história da Evelly, uma jovem baiana, que tem 18 anos, e contou com a ajuda atenta de uma professora para deixar de faltar às aulas durante seu ciclo menstrual e entender o que estava acontecendo com seu corpo.

[Evelly Santos/ Sarito Rodrigues] 

Quando eu era mais nova, morava com minha avó, que foi quem me criou. Apesar de me ensinar sobre muitas coisas da vida, nem tudo ela pode me explicar com detalhes.

Claro que eu tinha dúvidas. Quando eu comecei a menstruar, ela me disse que aquilo ia acontecer todos os meses. E só.

[música de fundo]

Não é que a minha avó fosse negligente. Longe disso! É que pela idade que ela tinha, menstruação já não era algo que ela se preocupasse tanto assim.

O meu fluxo sempre foi muito forte e eu tinha medo que vazasse. Às vezes eu usava dois absorventes. Mas isso me deixava em uma situação difícil, porque estava ficando muito pesado financeiramente para a minha avó ter que arcar com esse gasto.

Eu também usava um casaquinho por cima da roupa, mas isso nem sempre era uma garantia de que ninguém fosse reparar caso alguma coisa desse errado.

Então, não ir à escola era o jeito que eu encontrava para impedir que isso acontecesse.

[música de fundo]

Em 2017, na antiga escola que eu estudava, eu conheci uma professora: Edicléia é o nome dela. Foi ela quem reparou em mim e que eu tinha um motivo muito específico para faltar tanto nas aulas.

No início, quando ela percebeu, eu fiquei com vergonha de contar. Não é uma coisa fácil de dizer. Mas eu precisei fazer isso.

Depois que nós conversamos pela primeira vez, ela começou a me acompanhar, me dando absorventes e conselhos.

Uma coisa que ela me disse era que eu precisava também falar com outras colegas. Será que não existiam naquela escola outras meninas vivendo o mesmo que eu? Eu descobri que o medo que eu sentia de falar sobre o assunto era o mesmo que outras colegas também tinham.

E a professora pensou em uma estratégia: criou o Banco de Absorventes no vestiário. Ninguém precisava dizer nada. Se estivéssemos precisando, era só ir lá e pegar.

[pausa]

Para uma menina de treze anos, falar sobre menstruação não é uma tarefa fácil. Então é compreensível que as minhas outras colegas não quisessem de início falar também, mesmo que precisassem tanto de ajuda quanto eu.

Mas conversar ajuda tanto! Eu procurei algumas colegas e, apesar de nem todas toparem, algumas sim quiseram trocar ideias comigo. O Banco de Absorventes também ajudou a gente a se encontrar para falar sobre assuntos da fase em que estávamos vivendo.

Conversar ajuda muito, mesmo! Com o tempo, esses encontros serviam para a gente falar sobre tudo, o que dava mais confiança e mais segurança. Eu já não era mais tão insegura quanto antes, porque estava entendendo mais.

O que a professora Edicléia começou, tem muito impacto em quem eu sou atualmente.

[música de fundo]

Hoje já não estudo na mesma escola onde a professora dá aulas. Mas a gente sempre conversa. Eu ligo para ela, ela liga para mim.

Esse ano eu completo 18 anos e já não preciso usar o Banco de Absorventes. Eu usei o Banco por muito tempo, mesmo depois de ter mudado de escola, já que a nova não me dava o mesmo suporte.

Consegui um emprego de vendedora! Agora posso comprar o que preciso.

Eu continuo estudando. Ainda não decidi qual curso vou fazer na Universidade – talvez Direito. O certo é que eu vou continuar os estudos.

Falar de menstruação na escola ainda é um tabu, e eu acho que não deveria ser assunto só de menina, não. É informação! Deve ser discutida por homens e mulheres. Já aconteceu de alguns colegas homens fazerem bullying com a gente, abrir a bolsa e rir dos absorventes. Isso constrange a gente. E não precisa ser assim.  A escola pode – e deve – começar essas conversas.

[música de fundo]

[Tatiana Klix]
É verdade, Evely, falar de menstruação ainda é um tabu. Por isso, nós escolhemos falar de pobreza menstrual neste episódio. Mas antes de a gente seguir em frente, vamos fazer uma pausa para ouvir um recado do meu colega Ruam Oliveira.

[música de fundo]

[Ruam Oliveira]
Oi para você que está nos ouvindo! Uma pausa rápida para lhe fazer uma pergunta: O que você sabe sobre participação dos estudantes na escola? O Porvir tem um conteúdo especial para apoiar professores e gestores a envolver adolescentes e jovens nas decisões da escola e promover uma cultura capaz de ampliar o engajamento, promover a aprendizagem, melhorar a educação e contribuir para a democracia. Se ficou interessado ou interessada e quer saber mais, é só entrar participacao.porvir.org e navegar pelo especial. Eu e toda a equipe do Porvir esperamos que goste e que esse conteúdo te ajude a entender um pouquinho mais sobre participação.

Até mais!

[música de fundo]

[Tatiana Klix]
Obrigada pelo recado, Ruam!

Agora nós vamos ouvir a Rayanne França, sobre a importância de dialogar sobre menstruação, e como essa conversa é assunto para a escola, sim!

[Rayanne França]
A escola é um espaço onde a gente precisa também estar dialogando sobre esse assunto porque é um espaço de convivência, é um espaço de interação e que, muitas vezes, a menstruação ainda é tratada como um tabu dentro desse espaço. Então, a gente acaba tendo situações como bullying, todas as situações constrangedoras que muitas vezes são ocasionados pela falta de informação. para bom, como nós trouxemos no nosso relatório,

Essa primeira menstruação, ela normalmente acontece para noventa por cento dessas meninas tem nessa faixa de onze a quinze anos, ou seja, elas passam de três a sete anos, menstruando dentro do ambiente escolar. Então, muitas vezes, a gente precisa olhar para essa escola e entender de como que ela está apresentando o tema da menstruação para essas pessoas que menstruam.

[Tatiana Klix]
Ou seja, um passo importante é ter informação – e transmiti-la.

[música de fundo]

Esse acesso à informação na escola deve envolver a todos, não apenas pessoas que menstruam. Todo mundo tem uma mãe, tia, prima, filha, namorada ou conhece alguém que menstrua, então compreender o assunto é o primeiro passo para destruir o tabu.

A educação menstrual é uma forma de combater mitos sobre o ciclo menstrual, sobre a própria dignidade feminina e também sobre produtos menstruais.

[Rayanne França]
A gente concorda de pensar que pobreza menstrual a gente está falando sobre acesso à água, saneamento e higiene, das políticas públicas, como um todo. Mas como a gente não pode deixar de esquecer que o acesso à informação é uma das grandes vertentes também quando a gente olha para a pobreza menstrual. E porque ela afasta os adolescentes, as pessoas que menstruam no período escolar? Porque boa parte do início da menstruação, ela acontece dentro do ambiente escolar.

[Tatiana Klix]
O acrônimo WASH, que na sigla em inglês quer dizer: água, saneamento e higiene, aponta para elementos fundamentais na vida das pessoas, principalmente em períodos menstruais.

Por isso, mais do que resolver o problema de ter o absorvente, as escolas precisam também ser um espaço bom para receber essas pessoas que menstruam, com banheiros adequados, água e condições de higiene que possibilitem que essas pessoas tenham dignidade menstrual.

[música de fundo] 

Mas nem sempre é assim nas escolas brasileiras. O relatório do Fundo de Populações das Nações Unidas e do Unicef aponta que em torno de 321 mil alunas estudam em escolas que não têm banheiros em condições de uso. A estimativa é de que 1,24 milhão de meninas não tenham à disposição papel higiênico no banheiro das escolas onde estudam.
E isso também é pobreza menstrual. E olhar para esses números, para a infraestrutura e para os espaços que as meninas frequentam é falar e pensar sobre pobreza menstrual.

[Rayanne França]
A gente também consegue ter um potencial de transformação, porque algumas vezes essas adolescentes, as pessoas que menstruam, elas dão sinais de que elas não estão confortáveis. Seja desde uma menina que começa a utilizar um casaco amarrado na cintura

[Tatiana Klix]
Como fez a Evelly

[Rayanne França]
ou ela já começa a andar diferente, ou não quer praticar educação física dentro da escola e a gente entende que é um período, como reforço, de muitas mudanças e que a gente precisa ter esse olhar sensível para entender o que está acontecendo com aquele, adolescente com aquela pessoa que menstrua e que isso também pode estar acontecendo da mesma forma, com outros adolescentes.

[música de fundo]

[Tatiana Klix]
É na escola que muitas adolescentes passam o maior período de suas vidas e, portanto, pode ser a escola esse espaço para iniciar um diálogo seguro. Como vimos que aconteceu com  a Evelly, falar sobre o tema ajuda não só nas questões práticas, como também na forma como pessoas menstruantes enxergam a si mesmas.

[Rayanne França]
O que eu gosto bastante de reforçar quando se fala de menstruação, de pobreza menstrual como um todo é importante a gente olhar os impactos sociais, claro, do acesso à água, saneamento e higiene, mas também da gente olhar do ponto de vista socioemocional desses adolescentes, dessas pessoas que menstruam dentro do período escolar. Porque a gente sabe que o período escolar ele também é marcado por bullyings, brincadeirinhas, aquele machismo velado.

[música de fundo]

Então, assim, muitas das vezes adolescentes também deixam de ir à escola, mesmo tendo acesso ao insumo. Mas ela deixa de ir a escola por vergonha por pensar que ela não está segura com o seu corpo, de saber se der repente, aquele habitualmente vai vazar, se a roupa dela vai manchar, se as pessoas vão ficar rindo dela, porque essa menstruação não é naturalizada e a gente precisa falar dessa mensuração do ambiente escolar, naturalizar e a gente também fortalecer as capacidades e habilidades de resiliência, habilidades socioemocionais também nesses adolescentes, nas pessoas que menstruam, e dizer que a menstruação é algo natural e que ela também vai precisar ser resiliente nesse processo de auto estima, de uma nova descoberta daquilo que está acontecendo com o seu corpo, com a sua mente, como ela vai lidar com aquilo.

[música de fundo]

[Tatiana Klix]
E para enfrentar todas as dimensões, será que basta só a escola atuar? A Rayanne França conta que é necessário um olhar multidimensional, que olhe  as múltiplas vertentes da política pública.

[Rayanne França]
É muito importante a gente conseguir fazer essas conexões. Hoje no Brasil, a gente já tem avançado em alguns estados, com a criação de algumas leis, alguns projetos de leis também a níveis estaduais. Mas a gente ainda precisa pensar numa política pública a nível nacional, que ela garanta tanto a nossa interseccionalidade porque a gente precisa olhar, também parecem interseccionalidade quando a gente está falando de pobreza mestral olhar para os recortes de mulheres negras que vivem nas periferias, olhar para o recorde de mulheres, indígenas, de pessoas que estão em situação de privação de liberdade, de pensar no socioeducativo, pensar em pessoas LGBTQIA+.

[música de fundo]

[Tatiana Klix]
Nós falamos sobre interseccionalidade no episódio dois. Se você ainda não ouviu ou quer recapitular o que é o conceito, é só procurar por esse episódio no feed do podcast. É importante estar atento aos marcadores que atravessam a vida das pessoas para discutir, planejar e implementar políticas públicas.

[Rayanne França]
Então, toda essa interseccionalidade, essa diversidade, precisa estar contemplada dentro das nossas ações políticas, programas e ações, seja com o poder público, seja com as instituições internacionais – assim como a gente vem fazendo também esse papel junto às agências das Nações Unidas – de conseguir fazer esse diálogo e conseguir também fazer essa movimentação junto à sociedade civil também para que a gente possa pautar o tema e pensar que é um tema que ele está pensando em todas as condições, juntamente com os nossos objetivos de desenvolvimento sustentável pensando em água, saneamento e higiene, mas também pensando em igualdade de gênero. Pensando na situação atual que nós temos hoje, é importante a gente conseguir pelo menos fomentar a discussão.

[música de fundo]

[Tatiana Klix]
A pesquisa fez com que Rayanne entrasse em contato com muitas meninas, mulheres e pessoas que menstruam. Ela conheceu histórias que evidenciam que ter um absorvente faz falta de forma significativa, mesmo que ele tenha um preço baixo como algo em torno de quatro ou cinco reais.

[Rayanne França]
Quando eu tive que fazer uma atividade presencial em uma outra roda de conversa sobre esse tema e aqui a gente fez entrega também de absorventes E na hora que eu fiz a entrega de um pacote de absorventes para uma das meninas, ela pega e ela começa a chorar. Eu não entendia muito bem, [pensei] “que está acontecendo, o que aconteceu?” – uma roda  pequena, de mais ou menos mais quinze adolescentes.

Ela fala para mim assim, as histórias que vocês trazem que para mim minha história eu vivi, eu deixei de ir para a escola porque eu não tinha absorvente. Então, assim os meus pais não tinham condições de comprar o meu absorvente porque a minha família era muito pobre, então eu tive que escolher. Eles tiveram que escolher por mim, entre comprar comida para a nossa família inteira do que comprar o meu pacote de absorvente. Então eu deixei de ir à escola com mais ou menos dois meses, porque eu não tinha acesso absorvente. Você vai pensar que um pacote de quatro reais.

[música de fundo]

Então assim mais quatro reais que faz quem faz uma diferença enorme na vida de outras famílias. Então, assim, quando a gente entrega um pacote de absorventes. Ela fala isso daqui pra mim não é só um pacote de absorventes, um pacote de esperança de continuar indo à escola. Então assim isso vem com o impacto, porque a gente lê uma pesquisa e a gente vê pessoas estão utilizando sabugo de milho e a gente também enxerga que pessoa está deixando de escola, mas a gente escuta isso in loco e a pessoa, adolescente extremamente emocionada. Então, a gente começa também a um processo de não dizer que a gente está trazendo a realidade para dentro do nosso trabalho. Mas é a gente conseguir visibilizar essas histórias e a gente conseguiu insistir nessas ações, programas e todas as políticas públicas da necessidade da gente garantir todos esses insumos e garantir a dignidade menstrual de todas as pessoas que menstruam.

[música de fundo]

O Futuro se Equilibra é uma produção do Porvir e conta com o apoio do Instituto Unibanco. O foco do Instituto é melhorar os resultados de aprendizagem dos estudantes de Ensino Médio da rede pública, assim como produzir conhecimento sobre essa etapa de ensino.

O roteiro é meu e do Ruam Oliveira, repórter do Porvir. A produção é da Larissa Werneck e da Gabriela Cunha e a edição de som é do Gabriel Reis. Eles são a Podmix.

Obrigada Evelly por ter dividido sua história conosco e à professora Edicléia por ter nos conectado com você. Um agradecimento também à Sarito Rodrigues por interpretar essa história.

Para mais informações sobre o relatório do Fundo de Populações das Nações Unidas e do Unicef, nós vamos deixar o link da pesquisa na página desse episódio lá no Porvir. O link do site você já sabe, é o www.porvir.org.

O Futuro se Equilibra está nos principais tocadores de podcasts quinzenalmente, sempre às quartas-feiras.

Eu sou a Tatiana Klix, e agradeço pela escuta!

[fim do roteiro]

 


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ensino fundamental, ensino médio, podcasts

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