Uma escola publica apoiada em pesquisa e infraestrutura de universidade
Vinícius de Oliveira, editor do Porvir, visitou a Thomas Jefferson High School for Science and Technology, escola pública do Condado de Fairfax (EUA). Leia o relato
por Vinícius de Oliveira 6 de novembro de 2024
Olá, aqui é o Vinicius de Oliveira, editor do Porvir, sigo por aqui contando um pouco mais sobre o que estou conhecendo neste mês aqui nos EUA.
Hoje foi um dia de sair da teoria e partir para a prática. Pela manhã, estive com o grupo de educadores e empreendedores do programa #IVLP (Programa de Liderança para Visitantes Internacionais), a convite do Escritório de Assuntos Educacionais e Culturais do Departamento de Estado dos Estados Unidos.
Conheci a Thomas Jefferson High School for Science and Technology. É uma escola pública do Condado de Fairfax, no estado da Virgínia (EUA), que oferece um programa de preparação para a faculdade com foco em ciências, matemática e tecnologia.
Praticamente 100% dos estudantes ingressam no ensino superior, com exceção dos que optam por seguir uma carreira militar.
A escola atende estudantes selecionados com base em suas notas no ensino fundamental (anualmente, são 3.000 candidatos) e no interesse por ciências biológicas, físicas, matemática e computação. Cada série tem aproximadamente 420 alunos, do nono ao décimo segundo ano (equivalente ao ensino médio no Brasil).
Diversos programas oferecidos pela escola proporcionam uma experiência curricular única, incluindo o programa do nono ano, o Programa Integrado de Biologia, Inglês e Tecnologia (IBET), os Laboratórios de Tecnologia e o programa de mentoria.
Os Laboratórios de Tecnologia, com infraestrutura semelhante à de centros universitários no Brasil, foram projetados para enriquecer o currículo acadêmico, proporcionando experiências de aprendizado avançadas e próximas da realidade da indústria, além de oportunidades para pesquisa independente, experimentação e interação com profissionais das áreas científica, de engenharia, tecnologia e indústria.
No programa de mentoria, os estudantes participam de pesquisas aprofundadas ou desenvolvem projetos em empresas e laboratórios na região metropolitana de Washington, DC, capital do país, localizada a poucos quilômetros de distância.
Esses estudantes são orientados por mentores — cientistas, engenheiros e outros profissionais experientes — e, nessa jornada, planejam, implementam, documentam e apresentam projetos escolhidos em conjunto com seus mentores. No último ano, o resultado do projeto é apresentado em um seminário para toda a escola.
A preocupação com o uso de celular também existe aqui e recentemente escola também estabeleceu regras para o uso desses aparelhos. Os estudantes deixam os dispositivos em bolsos de pano instalados na porta e os retiram mediante autorização do professor para alguma atividade ou ao fim do dia.
Cartazes também alertam sobre quais atividades podem usar ferramentas de inteligência artificial e em quais elas são terminantemente proibidas.
No perfil do Porvir no Instagram (@porvir_) compartilhei algumas imagens e vídeos da visita. Não deixe de conferir.