Visitar o Egito Antigo, virtualmente
por Redação 3 de outubro de 2012
Aproximar as pirâmides de Gizé, no Egito Antigo, e as manifestações via Twitter de pessoas na moderna Cairo. Isso é possível? A resposta dessa pergunta está numa disciplina relativamente nova, chamada de humanidades digitais, em que civilizações muito antigas podem ser recriadas digitalmente, com suas catástrofes e até mesmo suas revoluções, tudo unido num banco de dados.
Peter Der Manuelian, professor de egiptologia na Universidade de Harvard, pratica voos virtuais com seus alunos sobre o planalto de Gizé do ano de 2500 a.C., na época do faraó Khufu. A ideia do professor era juntar todo conteúdo pesquisado, negativos de vidro velhos e transformá-los num material mais utilizável em parceria com a Dassault Systèmes, empresa francesa de modelagem 3D. O resultado dessa união é o Giza 3D, uma plataforma virtual introduzida em maio que permite aos internautas escutar ritos de funeral, passear sobre as ondas no porto da cidade antiga, ou cair em um poço de enterro em uma pirâmide que não foi visitado por seres humanos há mais de 100 anos.
“É também uma forma de trazer esse material para um público muito mais amplo”, disse ele. “Se você tem óculos 3D, pode assistir ao projeto em 3D no computador de casa.”