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Conheça o Desafio de Aprendizagem Criativa e fique por dentro de tudo o que acontece ao longo do desenvolvimento dos projetos que pretendem transformar a educação brasileira

A Rede Brasileira de Aprendizagem Criativa divulgou nesta sexta-feira (21) os oito times convocados pelo Desafio de Aprendizagem Criativa Brasil 2020 que terão a oportunidade de receber formação presencial e visitar os principais eventos da comunidade que busca levar soluções inovadoras à educação.

Em 2020, a organização recebeu 138 propostas com o apoio de secretarias de ensino interessadas em desenvolver projetos de aprendizagem criativa. Destes, 30 projetos foram elencados como finalistas e farão parte de um Grupo de Estudo e Trabalho (GET) mediado pela Rede Brasileira de Aprendizagem Criativa e MIT Media Lab.

Veja a seguir a descrição do projeto que cada uma das oito equipes selecionadas vai realizar ao longo do ano.

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Na periferia de São Paulo, o projeto “Robótica com Sucata” estimula a construção de protótipos reciclados a partir do lixo retirado das ruas. Por meio da aprendizagem criativa, estudantes constroem conhecimentos de conteúdos curriculares, de robótica e de programação. Tudo isso enquanto propõem soluções para desafios da comunidade. A fellow Débora Denise Dias Garofalo, do Desafio Aprendizagem Criativa Brasil 2019, conta mais sobre a iniciativa, que agora se estrutura para atingir dois milhões de estudantes da rede estadual. Confira o seu depoimento:

“O trabalho de robótica com sucata nasce da vontade de transformar a vida de meninos e meninas da periferia de São Paulo. O projeto tem um olhar para as tendências tecnológicas, mas também trata de um problema social existente na cidade, que é a questão do lixo. A ideia é estimular a aprendizagem por meio do ensino de robótica.

O projeto todo foi estruturado com os estudantes para que, desde o primeiro momento, por meio de aulas públicas nós fôssemos às ruas sensibilizar a comunidade para a questão da sustentabilidade, do descarte correto de lixo e dos 3 Rs (reciclar, reduzir e reutilizar).

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Imagine como seria se um makerspace itinerante pudesse visitar escolas públicas para espalhar a aprendizagem criativa. Essa é a proposta de um projeto desenvolvido pelo Núcleo de Enriquecimento para Estudantes com Características de Altas Habilidades/Superdotação (NEECAHS), em São Luís (MA). Com a participação de professores e estudantes do ensino fundamental, a ideia é incentivar outros educadores e adolescentes a criarem soluções inovadoras para problemas reais. Quem conta mais sobre a iniciativa são as fellows Sandreliza Pereira Mota e Silvia Fernanda Gonçalves Serra:

"Nós conhecemos a Rede Brasileira de Aprendizagem Criativa através do Scratch. As crianças nos trouxeram uma demanda de aprender programação, mas ficamos um pouco perdidas sem saber como poderíamos ajudar. Depois de fazer algumas pesquisas, conhecemos a linguagem desenvolvida pelo MIT (Massachusetts Institute of Technology). Isso aconteceu no período do Scratch Day, então resolvemos criar um evento na cidade de São Luís (MA).

Quando saiu o edital do Desafio Aprendizagem Criativa Brasil 2019, pensamos que seria muito bacana inscrever um projeto, mas ao mesmo tempo não imaginávamos que seria possível. Foi surreal quando saiu a notícia de que fomos selecionadas.

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Com a proposta de criar ambientes em que educadores vivenciam atividades estimulantes e experimentam metodologias que favorecem a aprendizagem criativa, o projeto "Façamos Nós Mesmos" oferece apoio para o planejamento de práticas e promove a certificação de professores. Abaixo, as fellows Soraya Lacerda e Daniela Lyra, de Brasília (DF), contam mais sobre a iniciativa:

“Iniciamos o projeto com uma pergunta norteadora: como planejar, acompanhar e compartilhar atividades que estimulam curiosidade, discussão e exploração? No "Façamos Nós Mesmos", buscamos criar ambientes nos quais educadores vivenciam atividades e experimentam metodologias que favorecem a aprendizagem criativa. A ideia inicial sempre foi dar suporte aos educadores que desejam planejar suas próprias atividades, bem como disponibilizar projetos maker, organizados por série escolar do ensino fundamental, em uma plataforma gratuita que ajude a transformar bibliotecas escolares em espaços de aprendizagem.

Inicialmente, atenderíamos 40 professores da rede pública do Distrito Federal em oficinas presenciais e consultoria online, conforme as seguintes fases: 1) sensibilização, com oficinas presenciais para educadores engajados em escolas públicas. Ao fim dessa fase, cada educador desenvolve um plano de implantação de um projeto ou aula maker na sua comunidade escolar; 2) ativação, que inclui a participação no Maker Day Brasil segunda edição para conectar escolas públicas e ecossistemas maker pelo país; 3) compartilhamento, com foco na disponibilização de um portal com recursos maker compartilhados pelos facilitadores e expositores.

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Estimular o uso de metodologias ativas e transformar escolas em um verdadeiro laboratório de educação criativa. Esses são alguns dos objetivos do projeto Minha Escola Criativa. Por meio de trocas, vivências, desafios e compartilhamentos de saberes, a proposta pretende fomentar a criação da Rede de Educação Criativa do Amapá. A fellow Carla Priscila Antunes dos Santos, de Macapá (AP), conta mais sobre a iniciativa:

“O projeto Minha Escola Criativa tenta driblar um pouco dos conceitos de formação que me incomodam um pouco. A ideia é proporcionar momentos formativos por meio de práticas criativas. Diferente da maioria das propostas que foram selecionados no Desafio Aprendizagem Criativa Brasil 2019, ele ainda não estava em execução. Eu usei o contexto do desafio para impulsionar que a iniciativa se tornasse concreta.

A ideia do projeto surgiu a partir de uma experiência realizada em 2017, quando tive a oportunidade de participar do desenvolvimento de oficinas de metodologias ativas para professores em 13 escolas do município de Macapá. Pensei que vários pontos positivos dessa experiência poderiam ser aproveitados, ao mesmo tempo em que também daria para experimentar novos caminhos.

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De forma colaborativa, com a participação de educadores, alunos e até mesmo familiares, o projeto “Aprender fazendo Programação e Robótica” está promovendo o pensamento computacional no fazer pedagógico em escolas municipais de Belo Horizonte (MG).

Coordenado pela Secretaria Municipal de Educação e pela Empresa de Informática e Informação do Município de Belo Horizonte-Prodabel, o projeto envolve grupos heterogêneos de participantes por meio de metodologias ativas, lúdicas e interativas, como gamificação, aprendizagem por pares e design thinking. A ideia é superar desafios e construir soluções a partir de demandas reais da comunidade.

Conheça o projeto a partir do relato dos fellows Thiago Ferreira da Silva e Alberto Henrique Ferreira Cunha:

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Com tecnologias de baixo custo, o projeto Clubes de Computação Criativa está levando arte, cultura e inovação para escolas públicas de Pelotas (RS). Por meio de atividades alinhadas à Base Nacional Comum Curricular e ao currículo das escolas, a iniciativa incentiva que crianças e jovens coloquem a mão na massa.

Quem conta mais sobre o desenvolvimento do projeto são os seus próprios idealizadores. Com a palavra, os fellows Tiago Thompsen Primo e Kelen Silveira Bernardi:

"Desde 2015, estamos organizando clubes de computação nas escolas municipais de Pelotas (RS), em parceria com o grupo de pesquisa, extensão e ensino CoCTec (Comunicação, Cultura e Tecnologias), da UFPel (Universidade Federal de Pelotas), a Secretaria de Educação, o Centro de Tecnologias Educacionais de Pelotas e o Núcleo Pelotas da Rede Brasileira de Aprendizagem Criativa. O projeto Clubes de Computação Criativa, selecionado pelo Desafio Aprendizagem Criativa Brasil, evolui a partir das lições aprendidas com essa experiência. Focamos na incorporação de atividades mão na massa alinhadas à BNCC (Base Nacional Comum Curricular) e ao currículo das escolas, trabalhando com tecnologias de baixo custo em apoio às atividades. Utilizamos como base pedagógica a aplicação de aprendizagem criativa e mensuramos o seu impacto por meio de evidências geradas a partir de dados coletados, estimulando o compartilhamento de práticas de sucesso.

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Enquanto você acompanha aqui neste blog a jornada de um grupo de 11 educadores que estão desenvolvendo práticas para tornar a aprendizagem de crianças e jovens brasileiros mais criativa, prazerosa, relevante, colaborativa e inclusiva, a Rede Brasileira de Aprendizagem Criativa, a Fundação Lemann e o MIT Media Lab lançaram uma publicação que compartilha as experiências de oito iniciativas selecionadas em 2018 pelo Desafio Aprendizagem Criativa Brasil (DAC Brasil).

A partir do contexto local de cada grupo e do interesse dos alunos, os projetos foram desenvolvidos com base nos 4 Ps da aprendizagem criativa: paixão, pares, pensar brincando (play) e projeto. Com diferentes práticas, eles trazem exemplos reais de como os alunos podem ser protagonistas, dividir responsabilidades com colegas, mudar de ideia, tentar, errar e descobrir caminhos para responder suas questões e colocar a mão na massa.

Entre as experiências, são relatadas iniciativas desenvolvidas em diferentes regiões do país, com temáticas e públicos variados, em ambientes diversos, dentro e fora de escolas. “A aprendizagem criativa não exige tecnologias especiais. A revista é uma prova de conceito que mostra que ela é possível em um grande diversidade de realidades, dentro e fora da escola em todo o Brasil”, garante Leo Burd, pesquisador do MIT e diretor da Rede de Aprendizagem Criativa.

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