Livro quer inspirar inovações em educação no Brasil
Projeto Educ-Ação percorrerá 12 escolas do mundo; jornada será transformada em obra lançada livremente na internet em 2013
por Vagner de Alencar
5 de setembro de 2012
Quatro brasileiros e um desejo em comum: mapear e trazer à luz iniciativas transformadoras ao redor do mundo que inspirem novas formas de ensinar. Para clarear este caminho, o grupo decidiu então realizar uma jornada por cinco continentes para conhecer diferentes experiências. O tour já está acontecendo e, até o final do ano, 12 escolas serão visitadas. O resultado da jornada será publicado em um livro totalmente gratuito e livre na internet para inspirar pais inquietos, jovens curiosos e novos empreendedores em educação.
Um grupo de ativistas-educadores-deseducadores, como se intitulam, criou o Educ-Ação, uma iniciativa sem fins lucrativos que nasceu do encontro entre Eduardo Shimaraha, diretor de inovação e sustentabilidade do Anima Educação, o jornalista André Gravatá e as pesquisadoras Camila Piza e Carla Mayumi.
A jornada já pode ser acompanhada no blog do projeto, onde eles estão compartilhando as primeiras impressões dessa vivência. A ideia é apresentar histórias humanas por trás das escolas, que possam inspirar e ajudar a repensar os modelos de ensino no Brasil. “A proposta sempre foi trazer uma perspectiva multi. Não ouvir só escolas, mas também estudantes, ex-estudantes, pais e pessoas da fundação. Queríamos dar uma perspectiva bem 360o”, afirma Carla Mayumi, pesquisadora da Box1824.
A equipe mapeou cerca de 100 iniciativas inovadoras ao redor do mundo, escolas formais e informais, e elegeu 12. A ideia é visitar todas as escolas até o fim do ano, tempo necessário para lançar o livro no início de 2013. “Ao invés de ir atrás de editora, queremos que qualquer pessoa possa baixá-lo para dar mais acesso e chegar ao maior número de pessoas possível”, afirma Carla. Uma das inquietações que a movem neste projeto vem da educação dos seus filhos. “Tenho um filho adolescente e uma filha de 3 anos, o que vai se tornando uma decisão séria sobre o que vão estudar e de qual forma, já que isso tem reflexo na vida toda. É preciso saber que existem outros formatos que não estão em prática no Brasil”, diz.
Em viagem
Recém-chegado da Europa, o jornalista Gravatá entrevistou mais de 50 pessoas durante as três semanas que passou em três países europeus. Conheceu oito escolas e projetos dos quais três terão destaque no livro. A primeira delas é a Team Academy, na Espanha (já retratada aqui no Porvir), uma iniciativa com foco em fomentar o empreendedorismo nos jovens. Já na Suécia, o jornalista visitou o YIP (Youth Initiative Program), um projeto voltado a jovens de 19 a 25 anos que, durante 10 meses, vivem e desenvolvem experiências em que exploram aspectos pessoais (conhecendo melhor a si mesmos) e sociais (por meio de intercâmbios em outros países, atuando como voluntários).
A última parada de Gravatá foi na Inglaterra, onde conheceu o Schumacher College. Segundo ele, a instituição tem uma visão de educação conectada com a natureza e uma das questões mais intensas é o conhecimento valorizado de uma maneira mais abrangente. “Um dos pontos mais interessantes é que na Schumacher não é trabalhado apenas o raciocínio lógico. A outra característica é que professores e alunos vêm do mundo inteiro, atuando em vários campos do conhecimento. E não só os estudantes, como as pessoas da organização, precisam cuidar da escola de forma prática, lavando banheiro e fazendo comida”, afirma.
Atualmente, Gravatá desenvolve um projeto com escolas públicas, por meio de um jogo que tenta motivar o empreendedorismo e o protagonismo entre jovens. No ano passado, ele organizou o TEDxJovem@Ibira. “Educação é um tema que sempre teve muita importância para mim. Quero continuar me dedicando e participar deste projeto é umas das formas, escrevendo este livro com estes parceiros”, afirma.
Parcerias
A largada do projeto se deu por meio de uma doação anônima. O recurso foi fundamental para as primeiras viagens já realizadas pelo grupo. Mas para prosseguir com a jornada, o quarteto vai lançar, na próxima semana, um vídeo na plataforma de financiamento coletivo Catarse para ajudar nos custos com a edição, a produção do blog e as despesas de viagem.
Os próximos passos são ainda buscar apoio de institutos e fundações que possam oferecer desde networking até a troca de conteúdos. O Porvir vai acompanhar de perto o projeto. Vamos publicar textos construídos em conjunto com o quarteto, apresentando algumas das iniciativas que eles encontrarem no caminho e contaremos também com artigos pessoais onde os autores vão nos adiantar algumas das impressões e emoções vividas na jornada. “O Porvir vai nos ajudar a qualificar o conteúdo do blog e mantê-lo alimentado, e nós também ajudaremos a mapear novos modelos inspiradores para o site. Temos a mesma linha de pensamento, buscamos conteúdos propositivos e inovadores”, diz Carla.








Que louvável esse projeto. Só tenho elogios, pois tem como objetivos a inovação necessa´ria do ensino brasileiro e a democratização do conhecimento.
tenho uma curiosidade. Alguma escola brasileira foi selecionada?
Abraços.
Oi Fátima ! Muitissimo obrigado pelos elogios !! Sim, pelo menos 4 das iniciativas mapeadas estão no Brasil ! Agora estamos buscando um outro exemplo a ser visitado na America do Sul e tambem no continente Africano !
OBRIGADA, EDUARDO. ESPERO A SOCIALIZAÇÃO DO LIVRO. BOA SORTE! ABRAÇOS.
Fiquei ouriçada e feliz com a possibilidade de conhecer experiências exitosas de outros paises, inclusive. Tomara o livro fique pronto logo. No Brasil, como educadores, precisamos conhecer outros espaços, outros fazeres, outras ideias e evidentemente, se for possível e coerente com a realidade que temos, adaptá-las em nosso fazer de acordo com as necessidades de nossos alunos.
Oi Maria ! O Brasil está cheio de propostas interessantissimas mas as vezes não são muito conhecidas…esta sendo dificilimo manter apenas 4 iniciativas brasileiras no livro (estamos felizes com isso). Mas é fato que tem muita coisa interessante mundo afora ! Obrigado pelo apoio !
A EDUCAÇÃO deve ser repensada sob todos os pontos atuais, defasados e sem conteúdo!
Precisamos formar novos cidadãos e para isso a escola terá que ter uma visão nova da sua colocação no mundo. Ensinando a criança os verdadeiros valores humanos e sem tantas fórmulas absurdas e inaplicáveis para a vida em si, acredito que podemos ter uma nova geração eficiente para fazer este planeta terra ser melhor.
Olá pessoal do Educ. Ação, parabéns pelo projeto.
Gostaria de apresentá-los à Escola Casa Verde, um modelo de educação que vem fazendo escola no interior de Goiás.
Visitam o site http://www.escolacasaverde.com.br e conheçam esse trabalho.
Elzita
Que iniciativa genial!!!!! De fato a nossa educação precisa acompanhar a evolução dos tempos e estar preparada para as mudanças na forma de vida das pessoas que, diferentemente de décadas atrás, está acontecendo de uma forma bastante intensa e rápida.
Esse trabalho de pesquisa em cima de experiências práticas certamente trará novas perspectivas para a nossa educação. Sucesso no trabalho. PS.: Já estou ansinoso pela chegada do livro.
Caros,
primeiramente, parabéns pelo projeto!
Dá orgulho quando ouço iniciativas e projetos realizados por brasileiros empreendedores como vocês.
A melhoria do ensino do nosso país se dá com iniciativas como esta.
Gostaria de saber se podem antecipar o nome das escolas brasileiras que foram selecionadas ou se podem (ao menos) informar de quais estados / cidades são.
Obrigada
Abraços
abraços.
No Brasil, infelizmente, a mídia é a primeira a condenar, seguido pelos pais, a escola, diretor, professores e outros que na intenção de corrigir um aluno infrator que pichou uma parede, por exemplo, solicita a ele que limpe ou pinte o espaço que sujou.
Isso dá primeira página de jornal ou rende muitos comentários agressivos contra esses profissionais que estão tentando educar, de fato, esses jovens. Imagine pedir a eles que limpem os banheiros! É considerado constrangedor, humilhante, inaceitável…
Eu pergunto: há humilhação ou constrangimento maior para esses jovens que concluem o ensino médio sem ter noção do que é ser cidadão de fato e de direito? Que terminam a educação básica sem conseguirem interpretar um texto simples, sem escreverem adequadamente, sem conseguirem se expressar devidamente e são ainda incapazes de realizar o cálculo das quatro operações básicas porque são “protegidos” por um estatuto que prega os direitos sem cobrar-lhes os deveres?
Para que o Brasil chegue a ter escolas com ensino avançado, baseado em modelos europeus ou asiáticos, nossos alunos precisam, no mínimo, terem a educação desses jovens que sabem a importância e o impacto que tudo isso terá em seu futuro.
Muitos jovens brasileiros parecem não acreditar em seus potenciais porque não têm perspectivas de que o país melhore, e as atitudes agressivas são sempre consideradas “normais” pelos ” seus protetores”. Isso não educa ninguém.
Urgem mudanças na maneira de pensar, não só dos educadores, diretores ou país, mas de todos, indistintamente, que fazem parte desta nação e desejam vê-la consagrada brevemente como país totalmente desenvolvido. Se os jovens são o “futuro da nação” , comecemos a educá-los nos princípios éticos e morais, comecemos pela educação no sentido amplo da palavra para que sejam capazes de transformar a sociedade em que vivem, caso contrário continuaremos sendo sub por mais 500 anos, e este termo é contrastante e inaceitável num país que já é a sexta maior economia mundial.
Mudanças no estatuto, cobranças de investimento para a educação e outros setores de suma importância e “punição” para quem precisa, são fatores relevantes para a construção de um país de cidadãos.
Obs.: No parágrafo que começa por “Urgem mudanças…” após a palavra diretor, lê-se pais e não país. Falha pelo acento. Desculpem-me.
Admiro os que procuram educar essas crianças. É um belo projeto. parabéns!
Hello there! I know this is kinda off topic but I was wondering which blog platform
are you using for this website? I’m getting fed up of WordPress because I’ve
had issues with hackers and I’m looking at options for another
platform. I would be fantastic if you could point me in the direction of a good platform.
Caros,
primeiramente, parabéns pelo projeto!
Dá orgulho quando ouço iniciativas e projetos realizados por brasileiros empreendedores como vocês.
A melhoria do ensino do nosso país se dá com iniciativas como esta.
Gostaria de saber se podem antecipar o nome das escolas brasileiras que foram selecionadas ou se podem (ao menos) informar de quais estados / cidades são.
Obrigada
Abraços
abraços.
Que iniciativa genial!!!!! De fato a nossa educação precisa acompanhar a evolução dos tempos e estar preparada para as mudanças na forma de vida das pessoas que, diferentemente de décadas atrás, está acontecendo de uma forma bastante intensa e rápida.
Esse trabalho de pesquisa em cima de experiências práticas certamente trará novas perspectivas para a nossa educação. Sucesso no trabalho. PS.: Já estou ansinoso pela chegada do livro.
Fiquei ouriçada e feliz com a possibilidade de conhecer experiências exitosas de outros paises, inclusive. Tomara o livro fique pronto logo. No Brasil, como educadores, precisamos conhecer outros espaços, outros fazeres, outras ideias e evidentemente, se for possível e coerente com a realidade que temos, adaptá-las em nosso fazer de acordo com as necessidades de nossos alunos.
Que louvável esse projeto. Só tenho elogios, pois tem como objetivos a inovação necessa´ria do ensino brasileiro e a democratização do conhecimento.
tenho uma curiosidade. Alguma escola brasileira foi selecionada?
Abraços.
A EDUCAÇÃO deve ser repensada sob todos os pontos atuais, defasados e sem conteúdo!
Precisamos formar novos cidadãos e para isso a escola terá que ter uma visão nova da sua colocação no mundo. Ensinando a criança os verdadeiros valores humanos e sem tantas fórmulas absurdas e inaplicáveis para a vida em si, acredito que podemos ter uma nova geração eficiente para fazer este planeta terra ser melhor.
No Brasil, infelizmente, a mídia é a primeira a condenar, seguido pelos pais, a escola, diretor, professores e outros que na intenção de corrigir um aluno infrator que pichou uma parede, por exemplo, solicita a ele que limpe ou pinte o espaço que sujou.
Isso dá primeira página de jornal ou rende muitos comentários agressivos contra esses profissionais que estão tentando educar, de fato, esses jovens. Imagine pedir a eles que limpem os banheiros! É considerado constrangedor, humilhante, inaceitável…
Eu pergunto: há humilhação ou constrangimento maior para esses jovens que concluem o ensino médio sem ter noção do que é ser cidadão de fato e de direito? Que terminam a educação básica sem conseguirem interpretar um texto simples, sem escreverem adequadamente, sem conseguirem se expressar devidamente e são ainda incapazes de realizar o cálculo das quatro operações básicas porque são “protegidos” por um estatuto que prega os direitos sem cobrar-lhes os deveres?
Para que o Brasil chegue a ter escolas com ensino avançado, baseado em modelos europeus ou asiáticos, nossos alunos precisam, no mínimo, terem a educação desses jovens que sabem a importância e o impacto que tudo isso terá em seu futuro.
Muitos jovens brasileiros parecem não acreditar em seus potenciais porque não têm perspectivas de que o país melhore, e as atitudes agressivas são sempre consideradas “normais” pelos ” seus protetores”. Isso não educa ninguém.
Urgem mudanças na maneira de pensar, não só dos educadores, diretores ou país, mas de todos, indistintamente, que fazem parte desta nação e desejam vê-la consagrada brevemente como país totalmente desenvolvido. Se os jovens são o “futuro da nação” , comecemos a educá-los nos princípios éticos e morais, comecemos pela educação no sentido amplo da palavra para que sejam capazes de transformar a sociedade em que vivem, caso contrário continuaremos sendo sub por mais 500 anos, e este termo é contrastante e inaceitável num país que já é a sexta maior economia mundial.
Mudanças no estatuto, cobranças de investimento para a educação e outros setores de suma importância e “punição” para quem precisa, são fatores relevantes para a construção de um país de cidadãos.