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Crédito: Arquivo Pessoal

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Robótica com sucata leva aprendizagem criativa para estudantes da rede pública

por Redação ilustração relógio 5 de setembro de 2019

Na periferia de São Paulo, o projeto “Robótica com Sucata” estimula a construção de protótipos reciclados a partir do lixo retirado das ruas. Por meio da aprendizagem criativa, estudantes constroem conhecimentos de conteúdos curriculares, de robótica e de programação. Tudo isso enquanto propõem soluções para desafios da comunidade. A fellow Débora Denise Dias Garofalo, do Desafio Aprendizagem Criativa Brasil 2019, conta mais sobre a iniciativa, que agora se estrutura para atingir dois milhões de estudantes da rede estadual. Confira o seu depoimento:

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“O trabalho de robótica com sucata nasce da vontade de transformar a vida de meninos e meninas da periferia de São Paulo. O projeto tem um olhar para as tendências tecnológicas, mas também trata de um problema social existente na cidade, que é a questão do lixo. A ideia é estimular a aprendizagem por meio do ensino de robótica.

O projeto todo foi estruturado com os estudantes para que, desde o primeiro momento, por meio de aulas públicas nós fôssemos às ruas sensibilizar a comunidade para a questão da sustentabilidade, do descarte correto de lixo e dos 3 Rs (reciclar, reduzir e reutilizar).

Crédito: Arquivo Pessoal

Nesse percurso, estabelecido pelos estudantes, houve um grande momento de sensibilização. Fizemos o recolhimento de lixo eletrônico e de sucata para levar para a sala de aula. Chegando na escola, separamos esses materiais, lavamos e pesamos. Depois utilizamos os recursos para o exercício do pensamento científico, da aprendizagem criativa e da inventividade, em que por meio de pesquisas os alunos puderam construir seus protótipos com diversas funcionalidades, apenas com os recursos que eles tinham em mãos.

Para finalizar o ciclo, fizemos uma grande feira de tecnologias na escola. Essa foi a forma que encontramos de trazer a comunidade para dentro da escola e de também incentivar o exercício do protagonismo dos alunos, que puderam apresentar o trabalho de robótica e reciclagem.

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Como professora, eu fico muito feliz porque esse trabalho evoluiu de uma escola na periferia de São Paulo para uma política pública que irá alavancar a aprendizagem de dois milhões de estudantes.

Eu ainda continuo trabalhando com as crianças na comunidade Alba aos finais de semana, mas agora também estou envolvida na construção dessa política que será levada para toda a rede estadual de São Paulo a partir de 2020.

Crédito: Arquivo Pessoal

Agora, os próximos passos do projeto na secretaria são estruturar os componentes de tecnologia e inovação com as diretrizes curriculares. Para isso, estamos contando com um grupo de professores da rede. Fizemos um chamamento público em que eles se inscreveram para compor esse documento com muitas vozes. Após isso, também vamos promover um longo processo de formação de professores.

Estamos estruturando quais eixos vão dar sequência a esse trabalho na rede estadual, mas também mantemos um olhar que respeita as especificidades da rede e a autonomia dos professores e estudantes para que eles possam vivenciar a aprendizagem criativa e a tecnologia.”

* A Rede Brasileira de Aprendizagem Criativa é apoiadora do Porvir


TAGS

aprendizagem baseada em projetos, aprendizagem criativa, competências para o século 21, programação, robótica, tecnologia

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