1 em cada 3 jovens brasileiros está sem trabalhar e sem estudar - PORVIR
Crédito: oatawa/iStock

Inovações em Educação

1 em cada 3 jovens brasileiros está sem trabalhar e sem estudar

Levantamento da OCDE mostra que o Brasil está atrás apenas da África do Sul quando se fala de jovens entre 18 e 24 anos sem estudar ou trabalhar

por Redação ilustração relógio 3 de outubro de 2022

África do Sul: 46,2%. Brasil: 35,9%. Holanda: 4,6%. As porcentagens, que se referem ao número de jovens entre 18 e 24 anos que estão sem estudar e sem trabalhar, foram divulgadas nesta segunda-feira (3) pelo relatório Education at a Glance 2022, da OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico).

O segundo lugar do Brasil entre os jovens que não estudam ou trabalham é um dos destaques do estudo internacional, que traz os principais indicadores educacionais dos 38 países-membros da OCDE, bem como países-chave e parceiros da organização, como Brasil, Argentina, China, Indonésia, Arábia Saudita e África do Sul. 

Segundo as recomendações do relatório, é essencial que exista uma política para que esses jovens consigam ter acesso a oportunidades educacionais e ao mercado de trabalho. Para quem já enfrenta essa situação, sugere o estudo, é necessário encontrar caminhos de volta para a educação ou para o trabalho. A porcentagem de jovens entre 18 e 24 anos desempregados há mais de 12 meses no Brasil também é uma das mais elevadas do mundo, ao lado de Grécia, Itália e África do Sul, em torno de 5%. A média geral dos países que integram a OCDE é de 1,4%. 

Portas fechadas

Em 2020, aproximadamente 1,5 bilhão de estudantes, de 188 países, ficaram longe da escola devido à pandemia da Covid-19. À medida que as vacinas foram disponibilizadas ao longo de 2021, as aulas voltaram gradativamente em todo o mundo. O número de dias nos quais as escolas foram totalmente fechadas durante o ano letivo de 2019/20 também variou consideravelmente entre os países participantes da pesquisa. 

Nos dois anos de pandemia, atrás apenas do Chile, Letônia e Polônia, as escolas brasileiras ficaram 178 dias sem aulas, ocupando o quarto lugar em todo o mundo, e a segunda posição entre os países da América do Sul. 

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O documento ainda ressalta que, em 2022, os programas nacionais de apoio aos alunos afetados pela pandemia foram implementados nos ensinos fundamental e médio, incluindo ajustes nos currículos e a busca ativa de estudantes. 

Outros destaques do Education at a Glance 2022 no Brasil:

  • Existem grandes diferenças de escolaridade entre os estados brasileiros. O Distrito Federal tem a maior proporção de pessoas de 25 a 64 anos com nível superior (32%) e o Maranhão, o menor resultado (7%).
  • Apenas 0,8% da população brasileira possui mestrado e 0,3% tem doutorado. 
  • No Brasil, 75% dos alunos do ensino superior estão matriculados em escolas particulares, porcentagem elevada se comparada à média de toda a OCDE, 17%.

A íntegra do documento (em inglês) está disponível neste link.


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ensino médio, juventudes

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