Dicas para empreendedores e estudantes usarem o LinkedIn
Veja como se destacar entre os mais de 300 milhões de usuários da rede que ajuda a encontrar empregos e parceiros profissionais
por Vinícius de Oliveira 12 de fevereiro de 2015
Com mais de 300 milhões de usuários pelo mundo e 19 milhões no Brasil, a rede social LinkedIn é um dos atalhos para encontrar e ser encontrado por recrutadores, empresas e potenciais parceiros que podem fazer seu negócio decolar. Com tanta gente disputando atenção, o cuidado com a foto, a apresentação e a organização do perfil é essencial para quem quer se diferenciar. Para ajudar nesta tarefa, o Porvir conversou com Fernanda Brunsizian, gerente executiva do próprio LinkedIn na América Latina, que nos indicou os atalhos dentro da plataforma.
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Logo de cara, é bom entender que a rede de conexões vai se tornar mais relevante para você e para seus amigos não pela quantidade de pessoas que você adiciona, mas pela qualidade delas. Em outras palavras, entrar para o clube de usuários com 500+ ao lado do nome pode ser uma estratégia artificial. “Na hora em que você é buscado, a quantidade não importa. Se você não souber quem é a pessoa, se não tiver nenhuma referência dela e nenhuma conexão de segundo grau [o que significa não ter amigos em comum], nosso conselho é não aceitar o pedido para adicionar à rede”, diz Fernanda.
Como preencher o perfil
Estudantes estão entre as categorias de usuário que mais crescem no site (o Brasil é um dos cinco principais mercados) mesmo quando não possuem um diploma de curso superior. Qual a lógica disso? Cada vez mais cedo é importante construir uma rede de contatos profissionais que podem ajudar quando o aluno estiver formado. Segundo a executiva do LinkedIn, apesar de ainda não ter uma experiência profissional concreta, esse tipo de usuário tem muita coisa a ser contada sobre si, e as primeiras conexões podem ser aquelas realmente próximas, como colegas dos tempos de escola e da atual turma da faculdade, assim como amigos do pai e da mãe.
Logo abaixo do nome, o campo de título profissional é chave para que empresas e recrutadores consigam encontrá-lo. A dica é usar “estudante da área X” ou “em busca de um estágio na área Y”, em outras palavras, é uma frase que melhor traduz o atual momento do usuário. Outro fator que merece cuidado é a foto, que precisa estar em um outro contexto do atual perfil do Facebook. “A foto é que dá credibilidade e proximidade: não é a da praia nem a do bar, mas é a que combina com a personalidade”, diz Fernanda.
No resumo, o importante é seguir uma regra básica dos currículos de papel: evitar chavões. Segundo o LinkedIn, o brasileiro tem o hábito de elencar responsabilidades no trabalho, em vez de contar sua história, o que faz e quais resultados entrega.
Além dos campos de experiência profissional, existem outros importantes, como o de habilidades. De novo, não é necessário se preocupar com a falta de certificação formal. As opções são mais abertas e podem estar relacionadas a conhecimentos em idiomas ou tecnologia, ainda que não tenham relação direta com a profissão que escolheu. Em idioma, projetos e cursos, pode-se mencionar um intercâmbio fora do país ou iniciativa diferente em outro estado.
Uma outra área que o LinkedIn tem trazido resultado a estudantes é o de trabalho voluntário e causas, pois ONGs usam a ferramenta para achar quem se enquadra em sua filosofia. “O que a gente tem notado é que hoje não se contrata somente pelas qualificações, mas por valores e cultura que o candidato possui em comum com a empresa. Outras coisas falam melhor sobre um candidato do que a experiência profissional ou a faculdade, como o que ele gosta, defende e se apaixona”.
Páginas para empreendedores
Assim como especialistas em educação financeira recomendam separar a conta gastos e ganhos da pessoa física e da jurídica, LinkedIn recomenda que o processo de administração da página empresarial e do perfil pessoal siga a mesma linha.
“O empreendedor pode colocar endereço da página da empresa no perfil e vice-versa, mas não é legal usar o pessoal como se fosse uma empresa”, diz Fernanda, que recomenda foco no trabalho de criação de conteúdo para formar uma comunidade em torno da marca.
Com a página empresarial, é possível encontrar com maior facilidade os mentores e adicionar expertise ao negócio, que ganha mais uma vitrine. “A busca interna do site é muito importante, porque se o empreendedor precisa de uma pessoa para a área financeira, pode buscar os parceiros pela rede. Ao mesmo tempo, ter a página de empresa é importante porque a pessoa contatada tem uma referência sobre o projeto”, diz.
Os posts vão para 100% dos seguidores da página de empresa e, a partir do momento em que eles interagem com o conteúdo, as respectivas redes passa a ter acesso à publicação e podem optar por seguir a página. Outras opções incluem ferramentas de marketing para levar conteúdo para um segmento específico, como professores universitários.
Guia rápido:
1. Coloque uma descrição informativa no seu perfil
2. Escolha uma foto apropriada. O LinkedIn é diferente do Facebook. Com uma foto de alta qualidade (sozinho, vestido profissionalmente, sem bichos de estimação) , seu perfil tem 7x mais chances de ser visto
3. Mostre toda sua formação, seja em nível superior ou mais baixo, além de cursos e intercâmbios. Não seja tímido
4. Crie um resumo preciso sobre suas qualificações e objetivos
5. Use palavras-chaves para preencher a seção habilidades
6. Atualize seu status regularmente
7. Esteja conectado: grupos ajudam a mostrar quem você é
8. Obtenha diferentes recomendações: recrutadores estão atentos às palavras de seus antigos chefes
9. Crie uma url para identificar seu perfil (ex, www.linkedin.com/in/Joaodasilva)
10. Compartilhe seu trabalho adicionando exemplos online do que você já fez