Participação e participacionismo na construção da Base Nacional Comum Curricular
por Redação 6 de dezembro de 2017
Artigo de Fernando Cássio, pesquisador em políticas educacionais e professor da UFABC, questiona as 12 milhões de contribuições que o governo federal diz ter recebido durante a fase de consulta pública online. Segundo o texto, foi considerado contribuição a resposta às perguntas de múltipla escolha e a inserção de sugestões de intervenções do texto. O texto também afirma ser “inverossímil” a versão de que 45% dos professores atuantes no Brasil, o que corresponde a 1 milhão em números absolutos, teriam participado da consulta pública.
Tais situações, segundo o texto, levam a um participacionismo e prejudica a implementação da base nas salas de aula. “Não importa se a Base é inovadora, se o seu texto é claro ou se as suas intenções são boas: uma base curricular exógena às culturas escolares e alheia à docência como atividade intelectual só será “implementada” no dia em que escolas e professores deixarem de existir como produtores do currículo”, afirma o texto.
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