Celular é alternativa para diversificar ensino em escolas
No Chile, escolas públicas estão aderindo ao uso de celulares para melhorar a qualidade do ensino fundamental.
por Vagner de Alencar 
7 de maio de 2012
Empresas privadas em parceria com o Ministério da Educação chileno criaram um programa para apoiar professores no planejamento de aulas usando vídeos projetados diretamente de celulares. O Pontes Educativas (livre tradução de Puentes Educativos) trabalha com mais de 700 professores de escolas públicas e tem como proposta tornar o ensino mais atrativo e interativo.
Por meio de uma biblioteca virtual, professores podem baixar videoaulas pelo celular e conectá-los diretamente a um projetor específico que transmitirá os vídeos em qualquer superfície branca, sem a necessidade de usar o computador. Os conteúdos disponíveis ensinam temas ligados às disciplinas de ciências, inglês e matemática de 5o e 6o ano do ensino fundamental.
crédito Sergej Khackimullin / Fotolia.com A expectativa dos organizadores é de que cerca de 20 mil estudantes do país sejam beneficiados com o programa. Mais de 200 escolas vão aderir ao uso deste recurso. O objetivo é que, em parceria com o Ministério de Educação, o projeto seja ampliado para o maior número possível de crianças.
De acordo com Gonzalo Plaza, um dos coordenadores do programa, a opção pelo celular se deve ao maior alcance e usabilidade dos aparelhos. “Decidimos usar celulares e não computadores pela mobilidade. Entendemos que o conhecimento pode ser obtido em qualquer lugar, a qualquer hora.” Além disso, segundo o coordenador, várias escolas públicas chilenas não têm acesso a conexões de banda larga para o uso de internet. “É pela conexão 3G, oferecida nos celulares, que professores e estudantes terão acesso a essa grande fonte de informação que é a internet.”
Antes de ser adotado no Chile, o Pontes Educativas foi implantado na Tanzânia e Filipinas.
Assista aos vídeos (em espanhol) com depoimentos de professores.
