CIEB lança estudo sobre inovação aberta em educação
Publicação busca apoiar governos, empresas e terceiro setor na geração de novas soluções de perspectiva aberta e democrática
por Redação 2 de dezembro de 2016
O CIEB (Centro de Inovação para a Educação Brasileira) lança nesta semana o estudo “Inovação Aberta em Educação”, que traz definições, recomendações de políticas públicas e modelos de negócios. O volume é parte da série CIEB Estudos, que conta com a participação de pesquisadores independentes para gerar subsídios para a discussão de questões centrais para a inovação na educação pública brasileira.
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A publicação começa com uma introdução sobre a inovação aberta definidos a partir de estudos do professor Henry Chesbrough, PhD em administração de empresas e diretor do Center for Open Innovation na Universidade da Califórnia, em Berkeley. Chesbrough busca confrontar o conceito adotado por empresas desde o século 19 segundo o qual, para inovar, é preciso controlar. Controlar quem serão as pessoas envolvidas internamente na geração, desenvolvimento e execução de ideias para um novo produto e que, feito isso, o lançamento ao mercado consumidor seria o suficiente. Mas esse modelo se mostrou pouco vantajoso em um cenário de maior competitividade e necessidade de encurtar o tempo de vida dos produtos para abastecer o mercado com novidades. Em contrapartida, com a inovação aberta, é solidária, criativa, colaborativa e compartilhada, atribuindo ao usuário a percepção de valor.
Para preparar o terreno e situar o leitor no momento histórico, o estudo passa a analisar como a inovação aberta já se chocou com indústrias tradicionais, como saúde e a música, e deu origem a novos modelos surgirem com a chegada do formato MP3 e a queda nas vendas de CDs. Na sequência são mostradas quais empresas já trabalham seguindo essas premissas, tanto no Brasil como no exterior. Em comum, essas empresas passaram modelos de negócios que priorizam os serviços em detrimento do conteúdo.
A publicação do CIEB ainda mostra como as políticas públicas estão sendo modificadas para acompanhar a entrada dos REAs (Recursos Educacionais Abertos). Por fim, são feitas recomendações para diferentes atores de governos, empresas e do terceiro setor para impulsionar o surgimento de novas soluções de perspectiva aberta e democrática.
A versão completa do estudo está disponível na página do CIEB.