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Inovações em Educação

Como as escolas podem inovar? Participe do debate no Encontro com o Porvir

Letícia Lyle, diretora da Camino School, é uma das convidadas do evento do Porvir que será realizado em 4 de maio, em SP. Nesta entrevista, ela fala sobre as possibilidades de levar novas tendências à escola

por Vinícius de Oliveira ilustração relógio 26 de abril de 2024

Falta pouco para o “Encontro com o Porvir: um dia de aprendizagem, conexão e reconhecimento para educadores que transformam a educação”. As últimas vagas estão disponíveis neste link. Gratuito, o evento está programado para o dia 4 de maio, na Camino School, em São Paulo (SP), das 9h às 18h.

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Além da celebração da entrega da primeira edição do Prêmio Professor Porvir, com a presença dos dez vencedores, a programação reúne oficinas e rodas de conversa. Uma das convidadas é a educadora Letícia Lyle, diretora da Camino School e conselheira do Instituto Porvir. Ela participa da mesa de abertura, mediada por Tatiana Klix, diretora do Porvir, ao lado de Cláudio Marques da Silva Neto, diretor da EMEF Espaço de Bitita, em São Paulo, e de Débora Garofalo, professora e gestora em inovação e em projetos estratégicos na Secretaria Municipal de Educação de São Paulo.

Na entrevista a seguir, ela fala sobre as possibilidades de inovação na educação, o apoio das ferramentas de inteligência artificial e como levar novas tendências à escola. Confira!

Arquivo pessoal

Porvir – Em um cenário com tantas mudanças em documentos oficiais, como você avalia o espaço atual para que escolas consigam inovar?

Letícia Lyle – Inovar em escolas é necessário e precisa ser intencional. E há várias maneiras de começar: um movimento de estudantes, um  professor curioso, ou uma iniciativa da gestão escolar… Mas para que isso faça parte da escola e se mantenha, é necessário que práticas, rotinas e recursos sejam alocados para isso. Em momentos de crise econômica, conflitos políticos e incertezas, intencionalmente focar em mudanças é mais difícil. Uma rede vai pensar em recursos que garantam resultados já conhecidos, ao invés de tentar algo novo; um diretor de uma escola particular tende a manter aquilo que seus pais já conhecem ao invés de arriscar perder alunos, um professor falará menos sobre assuntos que possam gerar debates políticos e ideológicos com medo das repercussões. Para inovar em educação, precisamos de espaços seguros para poder errar e iterar.

Quando falamos de adequação de legislação, regulamentações e normatizações, podemos estar abrindo espaço para novas experiências com regras mais abrangentes. Algumas mudanças podem, no entanto, restringir espaços conquistados de flexibilidade e variabilidade tão importantes para a prática pedagógica autoral e para o estudante.

➡️Leia também: Evento do Porvir debate como levar metodologias ativas para a sala de aula

Porvir – Como gestores escolares podem se beneficiar de novas tendências sem deixar de lado o contexto de cada escola? Como falar de inteligência artificial quando ainda damos os primeiros passos no uso de tecnologia educacional?

Letícia Lyle – Em primeiro lugar, os gestores escolares deveriam usar as novas ferramentas – utilizar mesmo a inteligência artificial para entender onde estamos. Depois, descobrir como seus professores estão usando e depois seus alunos. Esse exercício de perguntar trará todos os elementos nos quais um gestor deve investir para a sua própria escola. Não acho que dá para esperar para ver como será empregada a IA (Inteligência Artificial) em produtos educacionais – eles precisam usar desde já, e personalizarem seus próprios materiais a partir disso.

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Porvir – Para além da inserção de novas ferramentas e sistemas de ensino, como é possível incluir e capacitar professores nesses processos de mudança?

Letícia Lyle – Professores aprendem assim como estudantes: quando estão engajados, praticam, colaboram, com conteúdo relevante, numa plataforma intuitiva… O mais importante é que eles aprendem na prática. Precisamos colocar nossos professores para dar aula.

Porvir – Você participou como jurada do Prêmio Professor Porvir, avaliando projetos do ensino fundamental 1. O que mais chamou sua atenção nessa experiência?

Letícia Lyle – Tive o privilégio de ler mais de 10 projetos e fiquei emocionada com tantas questões criativas e ricas e as formas que elas foram trabalhadas por todo país. O que mais chama a atenção é a intencionalidade – os projetos que deram atenção a isso conseguiram ter resultados de mais longo prazo.


O Encontro com o Porvir conta com:


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competências para o século 21, inovação, inteligência artificial

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