Dados mostram o nível de interação de alunos e facilitam tomada de decisão em atividades online
Veja como professores e equipes escolares usam informações do Microsoft Teams para adaptar práticas pedagógicas e a gestão de sala de aula (remota ou presencial)
por Thiago Varella 26 de março de 2021
Notas, entregas de atividades, chamada e, claro, o olhar apurado do professor sempre foram as ferramentas utilizadas pelos docentes para analisar o desempenho de seus alunos. Com as aulas remotas ou híbridas, ficou bem mais difícil observar a participação dos estudantes em aula. Mas, as ferramentas digitais fornecem dados que, antes, seria quase impossível obter.
Aqui no Porvir há um longo tempo temos falado do impacto que uma avaliação apoiada em tecnologia pode ter dentro dos processos escolares. Lá no distante 2015, publicamos o artigo “Tecnologia vai revolucionar as avaliações, diz estudo”, mas o ambiente não parecia pronto. Avance cinco, seis anos e a pandemia os dados do dia a dia diante do professor e das equipes de coordenação.
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Uma dessas ferramenta é o Insights, presente no Teams, da Microsoft. Com ele, o professor tem a sua disposição diversas estatísticas que proporcionam análises importantes na tomada de decisões e de direcionamento das aulas, sejam elas remotas, presenciais ou híbridas.
“Em educação, a atenta observação de dados relevantes auxilia o processo de verificação da aprendizagem, a elaboração de planos personalizados, o desenvolvimento de projetos e a identificação de ações necessárias para o êxito da nossa proposta pedagógica”, afirmou Solange Giardino, coordenadora de projetos do Colégio Arbos, de Santo André (SP).
As possibilidades de monitoramento dos alunos por meio das estatísticas são enormes. Com o Insights, é possível, por exemplo, acompanhar o hábito de estudos dos alunos. Dá para saber o momento em que o estudante entrou no sistema para fazer determinada atividade, se ele entrou em uma reunião no horário programado, se participa ativamente da aula e até mesmo de que tipo de dispositivo – celular, computador ou tablet, por exemplo – é mais utilizado para um determinado tipo de tarefa.
“Esse tipo de informação auxilia o professor a se preparar nas aulas e a tomar certas decisões para o planejamento ser um sucesso. Isso nos norteia na programação das nossas aulas”, disse Fabiano Paludetti, professor da Escola Bosque, de São Paulo. “Por meio do Insights, a gente consegue descobrir se as necessidades socioemocionais e acadêmicas estão sendo atendidas ou não”, completou.
Para a professora de matemática Mônica da Costa Galucci, do Colégio Arbos, o Insights “possibilita mapear, individualmente, o interesse do aluno por materiais disponibilizados a sua escolha e o engajamento em atividades de participação essencial, além da verificação da pontualidade, oferecendo ao professor entendimentos personalizados por sala, série e, principalmente, por cada estudante”.
Já Margarete Aparecida Ticiane e Silva, professora de Análise Linguística e Produção Textual, em Língua Portuguesa, do Colégio Arbos, a ferramenta apresenta dados que permitem ao professor perceber por qual material cada estudante apresenta maior interesse e se ele acessa o imprescindível para o desenvolvimento de suas habilidades em leitura e escrita dos diferentes gêneros textuais.
“O Insights vem contribuindo muito para mensurar a participação dos alunos no chat (espaço de conversa por texto) durante as aulas, quando essa é a proposta, o que nos auxilia em ações pontuais e personalizadas para alcançar o objetivo de uma aprendizagem significativa”, afirmou.
Os dados fornecidos pelo Insights não são apenas úteis para os professores. Para coordenadores e diretores, a ferramenta apresenta possibilidade de traçar perfis de atuação acadêmica, seja por meio de dados observados individualmente ou por turma, seja pela frequência de atividades atribuídas pelos docentes.
Segundo Solange Giardino, isso possibilita que os gestores possam atuar com a equipe, na reflexão da periodicidade e na alternância de estudos antecipados e sistematizações de aprendizagem.
“A Orientação Educacional e os tutores do Colégio Arbos podem acompanhar o desempenho, a frequência e as particularidades de cada equipe de PEC – Prática Educativa Coletiva, um dos projetos que representam a identidade do nosso fazer pedagógico”, disse.
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