Educação Integral – Papel de professores e alunos
por Redação 30 de setembro de 2013
Papel de professores
Em uma escola de educação integral, a equipe de professores identifica as expectativas e necessidades de desenvolvimento integral dos seus alunos e propõe ou articula oportunidades educativas capazes de atendê-las.
Cabe ao professor:
Coerência: atuar em sintonia com o Projeto Político Pedagógico da escola, compreendendo seu papel e cumprindo suas metas.
Integralidade: compreender o aluno de forma integral, buscando identificar suas necessidades de desenvolvimento no nível intelectual, físico, emocional, social, cultural.
Reconhecimento: conhecer a realidade do aluno, da sua família e da comunidade em que a escola e estes estudantes estão inseridos.
Empatia: acolher as diferenças, reconhecendo que cada estudante é único, aprende de uma forma diferente e vive em um contexto próprio.
Sonhos: conhecer os interesses, anseios e/ou o projeto de vida dos seus alunos e apoiá-los a alcançar seus objetivos.
Tempo Integral: considerar o aluno durante todo o tempo em que está na escola e não apenas na sua sala de aula.
Cumplicidade: conhecer as famílias de seus alunos, dialogar com elas e criar vínculos para fortalecer o seu desenvolvimento integral.
Trilhas: construir roteiros educativos que integrem disciplinas tradicionais com atividades complementares, saberes acadêmicos e populares, promovendo o desenvolvimento integral dos alunos.
Colaboração: trabalhar de forma colaborativa com outros professores da escola, criando comunidades de aprendizagem para compartilhar desafios e propor estratégias articuladas que respondam às demandas do desenvolvimento integral.
Relacionamento: estabelecer uma relação mais igualitária e dialógica com seus alunos, reconhecendo seus saberes e legitimando a sua capacidade de contribuição com seu próprio processo de desenvolvimento.
Mediação: ser um mediador, facilitador e articulador do conhecimento, provocando o aluno a aprender a partir de seus próprios questionamentos.
Pesquisa: convidar o estudante a perceber a realidade como objeto de estudo.
Protagonismo: promover o protagonismo do aluno como autor e proponente do seu próprio processo pedagógico.
Participação: colaborar com a equipe gestora no sentido de apontar necessidades de infraestrutura, propor projetos e ações inovadoras e se envolver com atividades do programa que extrapolem a sua sala de aula.
Acompanhamento: avaliar continuamente os processos de ensino e aprendizagem, em conjunto com seus estudantes, estimulando que reconheçam o que precisam fazer para alcançar seus objetivos individuais e coletivos.
Aprendizagem: admitir que pode errar e aprender enquanto ensina, inclusive com seus alunos.
Veja também o vídeo com a palestra da Ana Elisa Siqueira, da Escola Municipal de Ensino Fundamental Amorim Lima (SP):
Papel dos alunos
O sucesso de uma escola de educação integral depende do protagonismo de seus alunos. Os estudantes devem ser capazes de identificar suas necessidades de desenvolvimento e participar ativamente da proposição de oportunidades educativas que respondam às suas expectativas, assumindo o papel de coautores do seu processo de formação.
Cabe aos alunos:
Representação: participar das instâncias políticas da escola, entre elas conselhos e assembleias que deliberem sobre a gestão escolar, o projeto político pedagógico, entre outros assuntos.
Autoria: discutir sobre o currículo da escola e expressar o que desejam aprender.
Liderança: participar de grêmios estudantis efetivos.
Educação de Pares: contribuir para o acolhimento e o desenvolvimento integral dos seus colegas.
Pontes: interagir de forma aberta, respeitosa e colaborativa com os diversos representantes da comunidade escolar (gestores, professores, alunos, funcionários), de outras escolas e da comunidade do entorno.
Ócio Criativo: usufruir de tempos e espaços dedicados ao livre convívio e iniciativa dos estudantes.
Confira a sistematização completa das propostas para este tema no portal do Centro de Referências em Educação Integral.