Espanha: pobreza ameaça mais de 1 milhão de pessoas com diploma universitário
por Redação 18 de outubro de 2018
Pelo menos na Espanha, nem todos os pobres têm origem nos ambientes mais extremos de exclusão. Nem vêm de famílias sem recursos. Apesar da economia do país estar em recuperação, mais de um milhão de universitários estão em risco de pobreza. São 320.000 a mais que há 10 anos, segundo o estudo que a Rede Europeia de Luta contra a Pobreza e Exclusão Social no Estado espanhol (EAPN-ES) apresentou nesta terça-feira (16), por ocasião do Dia Internacional para a Erradicação da Pobreza.
O resultado da crise redesenhou o perfil das pessoas pobres. A proporção daqueles que estão nestas circunstâncias (mais de 16 anos de idade e um nível médio ou alto de educação) passou de 30% em 2008 para 35,8% em 2017. Se o número daqueles que têm educação superior for somado aos que foram além do bacharelado ou tiveram formação profissional, o total de pessoas que vivem nesta situação excede 2,7 milhões.
“Primeiro, fomos educados segundo uma crença de que ter um emprego era suficiente para evitar cair na pobreza, mas vimos que esse não é o caso. Na verdade, mais de 30% das pessoas pobres têm um emprego. Depois, achamos que era suficiente ir para a universidade para poder ter uma vida decente, o que também não é real”, disse o sociólogo Juan Carlos Llano, responsável pelo estudo.
Leia a matéria original em El País - Espanha