Inep usa, pela primeira vez, classificações alternativas no Enem
por Redação 10 de agosto de 2015
As dez melhores escolas públicas de ensino médio estão no Nordeste, segundo estudo do Instituto de Pesquisas e Estudos Educacionais Anísio Teixeira (Inep). Entretanto, para chegar a esse resultado, deve-se considerar escolas de grande porte (com mais de 90 alunos), que tenham alto índice de permanência (o que equivale a mais de 80% dos alunos cursando todo o ensino médio na instituição) e tenha estudantes de nível socioeconômico baixo ou muito baixo.
Segundo o ministro da educação, Renato Janine Ribeiro, esses três fatores de classificação são necessários para mostrar a realidade das escolas do Brasil. “A primeira da lista não é necessariamente melhor, porque existem fatores externos que podem determinar isso. Queremos aproximar o resultado do mundo real e ver a contribuição efetiva das escolas”, disse.
Quanto ao porte da escola, Janine defende que instituições com mais alunos retratam a pluralidade que eles encontrarão na “vida real”, preparando-os melhor para o mundo atual. Quanto ao fator de permanência, ele afirma que excluir um aluno com baixo desempenho para aumentar a nota da escola não dá um desenho real de como ela formou seus estudantes. Finalmente, o fator socioeconômico pode significar um trabalho mais profundo na formação dos jovens. “Uma escola com alunos mais pobres, ou mesmo miseráveis, vai ter uma nota inferior. Mas ela pode estar fazendo um trabalho educativo mais importante. Ela pode talvez melhorar esses alunos mais do que aquela que já recebeu o aluno com muita formação e com nível socieconômico alto, apenas dando um pequeno avanço nele”.
Leia a matéria original em EBC