Inspirare e Potencia lançam estudo sobre oportunidades para negócios sociais em educação - PORVIR

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Inspirare e Potencia lançam estudo sobre oportunidades para negócios sociais em educação

por Redação ilustração relógio 26 de junho de 2013

O Inspirare e a Potencia Ventures lançaram ontem o estudo Oportunidades em Educação para Negócios Voltados para a População de Baixa Renda no Brasil, com o intuito de indicar áreas dentro da educação que se mostram promissoras para a atuação de empreendedores com foco social. “O estudo indica alguns caminhos de como isso pode ser feito, onde estão as oportunidades aos empreendedores”, diz Alberto Bueno, sócio da Prospectiva, consultoria que realizou o estudo. Além de conhecer seus resultados, o público presente no evento debateu o contexto apresentado, os entraves para o fortalecimento do setor, o relacionamento dos empreendedores com o poder público e com a comunidade escolar, além das formas de apoio e mentoria.

Os detalhes do estudo e das oportunidades de negócio para a oferta de serviços de educação de qualidade para a população das classes C, D, e E estão sintetizados na matéria publicada pela equipe do Porvir.

crédito Fernando Sandoval | Porvir

“Vibrei a cada oportunidade exposta, principalmente no que se refere à formação de professores. Não adianta vender uma boa solução, games maravilhosos, recursos fantásticos, se o professor, lá na ponta, não sabe utilizar. Antes de pensar em implementar qualquer recurso desse, deve se pensar qual a proposta pedagógica”, afirmou Teresa Cristina Jordão, diretora da TICEduca e uma das empreendedoras presentes no evento. A relação mais próxima com a sala de aula também foi uma questão levantada por Silvia Carvalho, do Instituto Avisa Lá. “É preciso haver mais interlocução com a área de educação. Nem sempre um produto é exatamente aquilo que a escola precisa”, afirmou.

Já Célia Cruz, do ICE (Instituto de Cidadania Empresarial), sugere a criação de cursos de empreendedorismo social dentro das faculdades de educação, à luz do que vem acontecendo nas escolas de administração. “Vamos visitar esses cursos e levá-los para a educação”, propõe. Ela ainda defende o diálogo como forma de reduzir resistências, especialmente entre fundações e aceleradoras. “A resistência às vezes é mais mental do que uma restrição legal”, afirma Cruz.

O estreitamento de laços também foi lembrado por Thiago Rached, do fundo de investimento Monashees, como forma de produzir mais impacto. “Se nos organizarmos e nos estruturarmos, criamos mais impacto e mais casos de sucesso”, disse o jovem. A reunião e a defesa de interesses comuns foi chamada de “lobby do bem” por Rafael Martinez, da Gran Energia.

crédito Fernando Sandoval | Porvir

De acordo com Vivianne Naigeborin, assessora estratégica da Potencia Ventures, a pluralidade de visões contribuiu para um debate multifacetado. “Tínhamos fundos de investimento, vários empreendedores de startups, aceleradoras, especialistas de educação, empreendedores sociais de ONGs, que tem um trabalho que é referência hoje. A composição dessas forças nas análises das oportunidades só qualifica o debate”, diz ela.

Em sua apresentação, Naigeborin falou sobre a contribuição que o estudo traz, mas ressaltou o fato de ele ser um work in progress. “Nesse cenário, há muitas mudanças todos os dias. Convidamos as pessoas para um diálogo, para que possamos contribuir para ampliar o olhar do estudo”, disse ela. “Agora a discussão segue, principalmente, com proposições levadas ao poder público, para tentar eliminar algumas barreiras, abrir novas oportunidades e permitir uma interação mais eficiente entre iniciativa privada e poder público na oferta de serviços públicos de educação”, completa Bueno, da Prospectiva.


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empreendedorismo, negócios de impacto social, série de diálogos

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