A jovem Malala conta sua incrível história
por Redação 14 de outubro de 2013
Ninguém foi dar os parabéns à família quando Malala Yousafzai nasceu. Isso aconteceu porque no Vale do Swat, no Paquistão, só os nascimento dos homens são celebrados. Aos 12 anos, para poder continuar indo à escola, Malala desafiou uma das mais cruéis e violentas milícias em ação, o fundamentalista Talibã. Aos 15, foi baleada na cabeça numa tentativa do grupo de silenciá-la. Malala sobreviveu ao atentado e, aos 16 anos, tornou-se porta-voz mundial de uma causa até há pouco quase obscura, entre outros motivos, por ter surgido em uma região que já parecia ter problemas demais a tratar: os milhares de meninas no Afeganistão e no Paquistão que, graças a uma interpretação do Islã eivada de ignorância e ódio, são impedidas de ter acesso à educação e a um futuro melhor.
Na quinta-feira, Malala recebeu o prêmio Sakharov, dado pelo Parlamento Europeu. Na sexta, concorreu ao Nobel da Paz como a mais jovem indicada na existência da premiação. O livro Eu Sou Malala (Companhia das Letras; 344 páginas; 34,50 reais, ou 24 reais na versão digital), a ser lançado no Brasil neste mês, conta como essa história improvável e extraordinária aconteceu.