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Inovações em Educação

Os Chromebooks vêm aí!

Dispositivos do Google chamam a atenção pelo tamanho e facilidade em se conectar com conteúdos educacionais

por Vinícius Bopprê ilustração relógio 5 de fevereiro de 2014

Os Chromebooks surgiram em maio de 2011, durante uma conferência realizada pelo seu fabricante, o Google. Em 2012, o crescimento tímido resultou em menos de 1% do mercado dispositivos móveis para as escolas. Mas, no ano passado, a história foi um pouco diferente: os Chromebooks representaram quase 20% das vendas de todos os tipos de tablets voltados à educação, de acordo com estimativa realizada pela Futuresource Consulting, em 2013. Não é a toa que os especialistas já veem no aparelho potencial, inclusive pedagógico, para suplantar os tablets tradicionais nas salas de aula.

Olhando de longe, os Chromebooks – que têm telas de 11,6 polegadas e pesam pouco mais de 2,4 kg – lembram um laptop pequeno. O que parece estar chamando a atenção das escolas é: a) o dispositivo funciona com um sistema operacional criado pelo Google, o Chrome OS, que permite que o usuário faça downloads de aplicativos educacionais de um jeito muito prático; b) oferece armazenamento em nuvem; c) não exige manutenção, atualização ou preocupação com vírus e d) a bateria dura mais de 6 horas; e) permite acesso off-line aos e-mails pré-carregados no Gmail e modificar os documentos do Google Docs; e f) é pequeno, como um tablet, mas possui teclado como os laptops, o que facilita a execução de várias atividades, como escrever.

Kelly Kovnesky é supervisora de operações do Distrito Escolar de Mukwonago, em Wiscosin, nos EUA, que acaba de adquirir os dispositivos para entregar aos seus mais de 4.700 alunos. Ela explicou, em entrevista ao EdTech, que a decisão de comprá-los se deu porque, diferente de outros aparelhos, o Chromebook permitiria atingir múltiplos objetivos de aprendizado. “Tinha que ser um dispositivo leve e portátil, mas ainda com um teclado de tamanho completo e uma tela decente. A implantação de um tablet ou PC teria sido muito mais caro e não teria fornecido o conjunto de ferramentas integradas que têm o Chromebook”, disse ao site norte-americano.

Quando fala sobre “conjunto de ferramentas”, a supervisora se refere à facilidade que os professores têm para inserir conteúdo relacionado à educação. Depois de lançar, no ano passado, uma curadoria de aplicativos e jogos educacionais para tablets e smartphones com sistema operacional Android, o Google aumentou ainda mais suas apostas no ramo. No início deste ano, a empresa adicionou novos livros digitais à sua loja virtual, para serem usados em sala de aula, substituindo os materiais físicos.

“Uma vez que os pais compram o conjunto de livros para uma disciplina, será preciso usá-lo ano após ano. Torna-se uma decisão sobre a compra, não sobre o que seus filhos vão aprender”, diz Rick Borovoy, gerente de produto de educação para Android, em uma entrevista para o EdTech. Com os livros digitais, o Google pretende oferecer ao professor a oportunidade de usar um livro em um ano e ensinar um outro completamente diferente no ano seguinte, sem a preocupação com os gastos da mudança do material didático.

Comparações e benefícios à parte, a tecnologia não vai mesmo ficar de fora das salas de aulas dos EUA, principalmente depois de uma mudança nos testes padronizados. A partir do ano que vem, os estudantes de mais de 30 estados americanos vão fazer suas provas em dispositivos móveis. Parece que não tem mais jeito mesmo, todos os alunos vão precisar ter um desses por perto.

Vale lembrar que os Chromebooks são fabricados por diversas marcas e, por isso, podem ter variações de preço de acordo com opcionais de cada modelo. No Brasil, por exemplo, um dispositivo fabricado pela Acer chegou aqui, em novembro, e tem preços na faixa dos R$ 1.200.


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dispositivos móveis, ensino fundamental, google, tecnologia

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